Gabriel Burnatelli de Antonio* A riqueza da democracia não se encontra, a priori, no êxito de seus resultados econômicos, políticos e sociais, sobretudo porque os indivíduos democráticos reconhecem que quaisquer decisões tomadas sem o escrutínio do maior número possível de partes interessadas e/ou implicadas nas consequências de uma escolha redundará, inexoravelmente, em ineficácia, mesmo que a longo prazo, e, acima de tudo, em injustiça, pois minorias restarão alijadas do exercício ativo da cidadania e, como corolário, serão as primeiras a experimentar o passivo de decisões mal elucubradas. Se somos seres políticos (zoon politikon) e, acima de tudo, democráticos, reconhecemos que ...
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