Em Botucatu, a Fatec é responsável pela graduação de 1349 aluno. Paralisação atinge alguns dos cursos oferecidos
por Flávio Fogueral. (atualizada às 15 horas de 19 de fevereiro)
A Faculdade de Tecnologia de Botucatu, seguindo decisão de outras Fatecs do Estado, decidiu na manhã desta segunda-feira, 17 de fevereiro, em paralisar suas atividades por tempo indeterminado. A greve atinge todos os 79 professores e 17 funcionários, segundo o movimento grevista. As Fatecs de todo o Estado são administradas pelo Centro Paula Souza, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento. Apenas a direção, estagiários e cargos comissionados têm atividades normais.
Em Botucatu, a Fatec é responsável pela graduação de 1349 alunos. Com a greve, as aulas dos cursos de graduação em Informática para a Gestão de Negócios, Logística, Produção Industrial, Análise e Desenvolvimento de Sistemas estão suspensas em sua totalidade. A exceção fica por conta do curso de Radiologia, cujas disciplinas ministradas por professores da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp prosseguem normalmente. A pós-graduação em Gestão de Negócios, com aulas às sextas e sábado pela manhã não será afetada com suspensão de aulas.
“A pressão que se inicia é na verdade continuação das atividades de negociação em andamento desde 2011. Como o governo não cumpriu as metas e promessas a greve é nosso recurso para que o projeto de lei seja encaminhado urgentemente para a assembleia legislativa e aprovado antes de 5 de abril, último prazo para a sua implantação neste ano eleitoral”, afirma o professor José Benedito Leandro, membro do comitê grevista local.
Baixe a Carta do movimento para a comunidade
Na pauta de reivindicação está o plano de carreira de professores e funcionários, entre outras reivindicações, que inclui licença gestante de 180 dias, aumento de vales alimentação e transporte, reenquadramentos profissionais e retroatividade dos ajustes e aumentos referentes à julho do ano passado, conforme promessa não cumprida do Governador. Segundo informações da própria direção acadêmica da Fatec Botucatu, o documento com a proposta de carreira já foi aprovado pelo Centro Paula Souza e pela Secretaria de Desenvolvimento do Estado. Ainda faltam duas pastas do Executivo paulista analisarem os pedidos para que a Assembleia Legislativa faça a votação para ser sancionada, até abril, pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Ariadne Spontone, do movimento grevista local, ressalta que as atividades serão diárias, com informação a alunos, professores e funcionários, explicando os motivos da paralisação. Representantes grevistas vão participar, em Jaú, de um evento que deve ter a presença de Alckmin.
“Os funcionários em cargos comissionados continuam trabalhando. Mas nenhum professor irá lecionar no campus da Fatec Botucatu”, finaliza o professor José Benedito.
Escola Industrial ainda avalia possível paralisação
A Escola Técnica “Domingos Minicucci Filho”, a Industrial, deve decidir nesta terça-feira, 18 de fevereiro, se opta pela paralisação assim como a Fatec Botucatu. A pauta de reivindicação é a mesma dos professores e funcionários da faculdade.