Jaú recebe autorização para implantar uma Faculdade de Medicina

Ao todo, 39 cidades foram selecionadas para receber as faculdades, sendo 14 no estado de São Paulo.

do Ministério da Saúde e Assessoria da Prefeitura de Jaú

O município de Jahu (SP) assinou nesta quinta-feira (2) termo que autoriza o funcionamento de um curso de medicina na cidade. A medida faz parte dos compromissos do Programa Mais Médicos para expansão e melhoria da formação em todo o país. A abertura de novos cursos de medicina foi anunciada pelo governo federal no início de setembro. Ao todo, 39 cidades foram selecionadas para receber as faculdades, sendo 14 no estado de São Paulo. Com a assinatura do termo de compromisso, o gestor municipal se compromete a manter a estrutura necessária na rede pública de saúde e fazer as adequações recomendadas para habilitação do novo curso.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, ressaltou que a medida demonstra o compromisso do governo federal com a qualidade e a democratização do acesso ao ensino superior. “A formação de mais médicos é uma necessidade no país, e a abertura desse curso em Jahu vai nos ajudar a suprir a falta desses profissionais, especialmente no interior. Nosso objetivo é abrir faculdades, prioritariamente, em cidades que não têm cursos de medicina, mas que têm uma rede municipal de saúde estruturada para receber esses estudantes”, completou o ministro.

MINISTRO
Prefeito de Jaú, Rodrigo Agostini, durante cerimônia que garantiu o curso de medicina na cidade, ao lado do ministro Arthur Chioro

“Essa luta começou em 2013, quando estivemos em Brasília em uma reunião no Ministério da Educação apresentando plano de trabalho que continha a estrutura dos equipamentos públicos de saúde existentes no Município. Assumimos naquele momento compromisso de ampliar e aperfeiçoar a estrutura pública de saúde existente em Jahu. Atualmente, sete unidades básicas de saúde (UBS) da cidade estão em reforma. Há cinco unidades de saúde em construção em parceria com o Ministério da Saúde”, reforça o prefeito de Jaú, Rafael Agostini.

Durante o processo de seleção, o município foi visitado por uma comissão de especialistas. Entre os critérios avaliados, estava a quantidade de pelo menos cinco leitos no Sistema Único de Saúde disponíveis por aluno e unidade hospitalar com potencial para hospital de ensino. Para escolher as localidades, o governo federal também considerou a necessidade do curso, a organização da rede de saúde para desempenhar as atividades práticas e a capacidade para criação da residência médica. As cidades autorizadas precisam ter mais de 70 mil habitantes, não possuir faculdade de medicina e não ser capital de estado.

Além de Jahu, os seguintes municípios paulistas foram habilitados: Araçatuba, Araras, Bauru, Cubatão, Guarujá, Guarulhos, Limeira, Mauá, Osasco, Piracicaba, Rio Claro, São Bernardo do Campo e São José dos Campos. A próxima etapa para a implantação dos cursos de medicina nas cidades selecionadas é o lançamento do edital, que deve ser publicado em breve, para apresentação das propostas das instituições privadas de educação superior interessadas.

MAIS MÉDICOS – As oportunidades de graduação em medicina que estão sendo criadas fazem parte das ações estruturantes do Programa Mais Médicos. As medidas relativas à expansão e reestruturação da formação médica no país preveem a criação, até 2017, de 11,5 mil novas vagas de graduação em medicina e 12,4 mil de residência médica, com o foco na valorização da Atenção Básica e outras áreas prioritárias para o SUS.

A abertura de novos cursos e vagas de graduação leva em conta a necessidade da população e a infraestrutura dos serviços – com isso, mais faculdades surgirão em localidades com escassez de profissionais e em cidades do interior de todas as regiões brasileiras.

Em conjunto com a ampliação das vagas de medicina, o Programa também trouxe médicos para atender a demanda imediata apontada pelas prefeituras, disponibilizando 14.462 profissionais para 3.785 municípios e para os 34 distritos indígenas, expandindo o atendimento em saúde para 50 milhões de brasileiros.

No eixo de infraestrutura, o governo federal está investindo na expansão da rede de saúde. São R$ 5,6 bilhões para o financiamento de construções, ampliações e reformas de Unidades Básicas de Saúde (UBS) e R$ 1,9 bilhão para construções e ampliações de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Das 26 mil UBS que tiveram recursos aprovados para construção ou melhoria em todo o país, 20,6 mil (79,2%) estão em obras ou já foram concluídas.

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