Tecnologia não invasiva para avaliação do fígado é utilizada em Botucatu

Ao todo, 15 pacientes que realizam tratamento no SAEI-DAM passaram pelo novo exame.

da Assessoria da Famesp

O Serviço de Ambulatórios Especializados de Infectologia “Domingos Alves Meira” (SAEI-DAM), unidade sob gestão da Famesp, recebeu, no último dia 21 de outubro, um equipamento não invasivo de avaliação de fibrose hepática (lesão do fígado causada pela agressão dos vírus da Hepatite B e C) que é alternativo ao método tradicional, a biópsia hepática (inserção de agulha e recolhimento de um pequeno pedaço do fígado para análise). Denominado Fibroscan, o aparelho é o primeiro no Brasil que faz uma medição de ondas emitidas entre dois pontos do fígado e, pela sua intensidade, avalia o grau de acometimento do órgão.

Ao todo, 15 pacientes que realizam tratamento no SAEI-DAM passaram pelo novo exame. O aposentado José Ferrari, 73 anos, realizou a avaliação hepática com o novo equipamento pela segunda vez. “É ótimo, é o segundo exame que faço. É colocar o aparelho e, em cinco minutos, está pronto”, explica. Para ele, o exame tradicional é doloroso e ter outra opção é um grande avanço.

Anísio de Arruda Castro, 61 anos, é paciente do SAEI-DAM há sete anos e também realizou a avaliação da fibrose do fígado por meio do Fibroscan. Portador de Hepatite C e com sequelas de queimaduras pelo corpo decorrentes de um acidente, Anísio destaca que o novo método é uma conquista. “Minha última tentativa de biópsia doeu bastante (em razão das queimaduras pelo corpo). Esse exame menos dolorido é bom pra todos, não só pra mim”, ressalta.

Para viabilizar a vinda do Fibrosacan para essa rodada de exames no SAEI-DAM, foi essencial estabelecer uma parceria com a iniciativa privada por meio da indústria farmacêutica Janssen, que patrocinou o encaminhamento do aparelho e de uma equipe médica especializada para manuseio e realização dos testes.

O valor de mercado do Fibroscan é de aproximadamente R$ 700 mil e o aparelho também pode ser utilizado para o acompanhamento de pacientes que passaram por transplante de fígado. A hepatite C, por exemplo, é uma doença que pode acometer o indivíduo novamente, mesmo após a troca do órgão. Para esses casos, a avaliação frequente do fígado é fundamental.

O diretor de assistência do SAEI-DAM, Alexandre Naime Barbosa, disse que a parceria com a indústria farmacêutica é essencial para garantir o acesso dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) a tecnologias de ponta, que sempre são muito caras, sendo que novas rodadas de exames já estão sendo agendadas para o primeiro semestre de 2015. No futuro, segundo o especialista, já há projetos que têm a intenção de viabilizar a aquisição permanente desse aparelho para o SAEI e unidades parceiras.

Vantagens do método para os pacientes:

. Procedimento não invasivo
. Realizado no consultório
. Jejum de apenas duas horas
. Indolor e sem riscos
. Duração média de cinco minutos
. Baixo custo operacional permitindo repetição de acordo com a indicação médica

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