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Instituição é administrada pela FAMESP que declarou ter levado o caso ao setor jurídico
Cerca de 40 funcionários que prestavam serviço de portaria nos hospitais estaduais da cidade estão sem receber desde Março. Os trabalhadores foram contratados pela empresa GT Interservice, que venceu uma licitação para prestar o serviço pelo período de dois anos e meio, que se encerra nesse mês. A empresa, no entanto, venceu uma nova licitação, mas não mostrou interesse em continuar prestando o serviço.
“Desde Março estamos sem receber. Agora em Abril, eles entraram com aviso prévio, mas também não pagaram o aviso”, informou um funcionário da empresa que trabalhava no Hospital Estadual e preferiu não se identificar, “entramos em contato com a empresa mas eles não falam nada para a gente, no hospital, disseram que o jurídico está estudando as medidas a serem tomadas”.
A justificativa dada pela empresa para o não cumprimento dos vencimentos, segundo o funcionário, seria o fato dos hospitais não terem fornecido as notas referentes aos serviços.
O caso foi levado a público pelo vereador Sandro Bussola (PT), durante uso da Tribuna da Câmara . “Quando questionamos o hospital, ele disse que a responsabilidade pelos pagamentos não era dele, mas da empresa”, afirmou o vereador.
“O mesmo já ocorreu na Prefeitura, agora acontece na FAMESP”, lembrou Roque Ferreira “isso acontece todos os dias em empresas que tem terceirização”. “A empresa desaparece, muda o CNPJ e o funcionário não tem para onde correr”, ressalta, “essas empresas não constribuem com o FGTS, não pagam o fundo de garantia e por aí vai”.
Nossa equipe não conseguiu entrar em contato com a pessoa apontada como sendo a responsável pela GT Insterservice.
A assessoria da FAMESP, responsável pela administração dos hospitais, informou através de nota que o caso está sendo analisado pelo setor jurídico da Fundação, e que irá tomar todas as medidas cabíveis para garantir os direitos dos trabalhadores.
A FAMESP esclareceu ainda que todos os pagamentos a empresa foram realizados em dia e que a próxima nota fiscal referente a março, o último mês de serviço, vence amanhã, dia 30. Sobre a licitação, a Interservice pediu que sua proposta fosse retirada e a segunda colocada no pleito deverá ser chamada a assumir os serviços.