Câncer é a doença que mais mata mais crianças acima de quatro anos

Brasil ainda não atingiu a sobrevida que já existe em outras partes do mundo, que é de 75% a 80% dos pacientes

da Assessoria do Hospital das Clínicas de Botucatu

A Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope) divulgou recentemente, que o câncer infantojuvenil é a doença responsável pelo maior número de mortes de crianças acima de quatro anos no Brasil. Segundo pesquisa, quando se incluem outras causas de mortes, que não apenas doenças, o câncer perde apenas para a violência urbana e os acidentes. 

O Brasil ainda não atingiu a sobrevida que já existe em outras partes do mundo, que é de 75% a 80% dos pacientes. O país está na faixa de 50% a 60% de cura, o que representa que dez mil crianças e adolescentes acima de quatro anos morrem de câncer anualmente no Brasil.

Segundo a médica responsável pelo Setor de Oncologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), Lied Pereira, o diagnóstico precoce da doença é fundamental para diminuir o número de mortes. "Alguns sinais e sintomas podem ser considerados um alerta para o diagnóstico do câncer infantil, dentre eles: hematomas, principalmente em locais que não sofreram trauma, sangramentos, vômitos, dores de cabeça, aumento e dor em pernas e braços, gânglios aumentados, febre prolongada, dentre outros", explica. "O mais importante, ao perceber alguma mudança na criança, é imediatamente levá-la ao pediatra para uma avaliação mais adequada", orienta.

Atualmente, o HCFMB oferece tratamento quimioterápico, inclusive com drogas de última geração. "Temos uma estrutura de várias especialidades clínicas e cirúrgicas fundamentais no tratamento dos pacientes oncológicos. Também dispomos de amplo quadro de profissionais necessários nesse tratamento como: enfermeiros especializados, fisioterapeutas, nutricionistas, farmacêuticos, psicólogos, terapeuta ocupacional e fonoaudióloga", completa.

A oncologia pediátrica do HCFMB iniciou suas atividades em 2007, e, de lá para cá, tem atendido anualmente um número crescente de pacientes. Em 2014, foram registrados 30 novos casos de câncer infantojuvenil, mais de 1.700 consultas e realizadas aproximadamente 700 quimioterapias. 
 

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