Projeto que autorizava venda do prédio da Guarda Mirim é adiado por 30 sessões

Adiamento foi proposto pelo vereador Fernando Carmoni (PSDB) que alegou haver necessidade de melhores estudos

da Redação

Foi suspensa na noite desta terça-feira, 13 de outubro, por 30 sessões a votação do Projeto de Lei nº 79/2015, de autoria do Prefeito João Cury (PSDB), que permitiria ao município vender o terreno onde hoje está localizada a sede da Guarda Mirim de Botucatu (GMB), em frente ao largo da Matriz de São Benedito (região central). Esta seria a segunda tentativa de votação da venda do imóvel, o que já havia ocorrido em 5 de outubro, onde 4 dos 11 vereadores se mostraram contrários à iniciativa. Para que a alienação fosse plenamente aprovada é necessário o quórum de 2.3 dos vereadores.

O adiamento foi proposto pelo vereador Fernando Carmoni (PSDB) que alegou haver necessidade de melhores estudos quanto ao projeto em si. Com a suspensão por 30 sessões, o assunto retornará ao plenário da Câmara em julho de 2016, trancando outras pautas de autoria do Executivo, segundo o regimento da Casa de Leis. Não estavam presentes, na sessão de 13 de outubro, os vereadores Fontão e Curumim, ambos do PSDB, que acompanhavam o prefeito municipal a uma assinatura de convênio, em São Paulo.

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O Projeto de Lei nº 79/2015 (confira a íntegra do projeto aqui) prevê a venda total do imóvel, que possui 762,30 m2, dentro de uma área de 1.519,45 m2, avaliado em mais de R$ 1,5 milhão. Segundo a justificativa do chefe do Executivo Municipal, o valor obtido com a possível venda do imóvel- que ocorrerá por meio de processo licitatório-, seria destinado para a construção de um complexo esportivo, no estádio Petrarca Bachi, na região da Vila Maria.

Votaram contrária à proposta, no dia 5, os vereadores Carlos Trigo e Rose Ielo (ambos do PT), Lelo Pagani (REDE) e Reinaldinho (PR). Se apresentaram favoráveis à venda do imóvel, Izaias Colino (PSDB), Fontão (PSDB), Valmir Reis (PPS), Edinei Lázaro da Costa Carreira (PSB), Fernando Carmoni (PSDB), João Elias (SD).

Em entrevista ao Jornal da Clube Gente, na Rádio Clube FM na manhã desta quarta-feira, o vereador Reinaldinho (PR), que votou contrário à proposta, frisou que é possível investir em áreas esportivas na região Leste da cidade (Vila Maria e Jardim Brasil), sem a necessidade de venda do imóvel. "Podemos investir na melhoria daquele espaço sem precisar vender o prédio. É mais fácil colocar à disposição outros terrenos menores que estão com o município do que este prédio de R$ 1 milhão. Não somos contrários ao investimento em áreas que iriam beneficiar a região, mas isso pode ser feito com outros recursos", frisou.

Reinaldinho lembrou que a região conta atualmente com 4 quadras poliesportivas, além de praças e a escola municipal Paulo Guimarães, que passa por reforma e cuja área esportiva poderia se aprimorada com verba da Secretaria de Educação que, segundo ele, é de R$ 96 milhões.

O vereador reforçou, no entanto, estranhar o tempo proposto para o adiamento, em 30 sessões. "Os vereadores que se mostraram contrários devem manter seus votos, pois esta é a posição deles. Mas jogaram esta votação para um período próximo das eleições justamente para haver pressão em cima dos vereadores", finalizou.

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