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Sistema de votação eletrônico ocorre desde 1998 em Botucatu
da Redação com Agência Brasil
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou ontem (10) que as eleições municipais do ano que vem serão feitas com urnas eletrônicas. Segundo o tribunal, após o Congresso aprovar o projeto de lei que mudou a meta fiscal de 2015, o Ministério do Planejamento fez uma nova estimativa de receitas que garantem a votação por meio eletrônico. Com a nova meta, a Justiça Eleitoral terá R$ 267 milhões garantidos. A equipe econômica manteve corte de R$ 161 milhões.
No dia 3 de novembro, o tribunal informou que não teria recursos para custear a eleição com urnas eletrônicas, devido ao contingenciamento de R$ 428 milhões do orçamento da Justiça Eleitoral para aguardar a decisão que mudaria a meta fiscal. Dessa forma, os eleitores brasileiros voltariam a escolher seus representantes pelo voto de papel.
Voto em papel mudaria logística em Botucatu
Em Botucatu, segundo o chefe do Cartório Eleitoral local, Igor Ignácio, toda a logística de votação e apuração para as eleições municipais seria revista. A estimativa é que após o encerramento da votação, o novo prefeito e os 11 vereadores eleitos seriam conhecidos em um prazo de até uma semana.
"Considerando que desde 1998 não temos mais votação por cédulas em Botucatu, que toda a totalização e apuração foi por meio eletrônico, caso tenhamos votação por cédulas o prazo será prolongadíssimo, pois em 1996 tínhamos 61.753 eleitores aptos a votar, a junta apuradora tinha o "kwon how" sobre a contagem das cédulas, o prazo era em torno de 02 a 03 dias para emitir o resultado final de prefeito e vereadores", relembra.
"Atualmente temos 95.527 eleitores aptos a votar, um aumento considerável do eleitorado nas últimas duas décadas, e contrapartida não temos mais a expertise da junta apuradora, que nas últimas eleições restringiram-se a servidores públicos de TI (Tecnologia da Informação) das Universidades dado a forma de apuração dos votos, considerando todas estas questões, levaríamos de 5 a 7 dias para emitir a ata final de apuração dos resultados de Prefeito e Vereador", explicou Ignácio.
Quanto à estrutura para o processo de votação manual, Ignácio salientou que seria convocado um número extra de mesários para que a demanda fosse suprida. "Atualmente, nas eleições de Prefeito e Vereador, são convocados 4 (quatro) mesários por seção, considerando que temos 370 seções, seriam 1480 mesários", enfatiza o chefe do cartório. "Dado a possível modificação na sistemática do voto, no mínimo teríamos 1 mesário a mais por seção, ampliando assim 370 novos mesários, sendo que todos serão capacitados para enfrentar esta nova/velha realidade, de igual forma e em um quantitativo muito maior seriam os membros da junta apuradora que hoje restringe-se a 04 pessoas mais o juiz, este número teria que ser de 07 a 10 vezes maior, ampliando também os juízes auxiliares, para que possamos apresentar o resultado da forma o mais confiável e rápida possível.", explicou Ignácio.