Após aborto mal sucedido, gestante falece e polícia prende o namorado, em Botucatu

O suspeito teria comprado remédios abortivos no 'camelódromo' da cidade

da Redação, conteúdo completo na Agência 14 news

Um metalúrgico de 34 anos foi preso após suspeita da polícia de que ele pode ter participado de um processo de aborto, que levou sua namorada a morte, aos 34 anos também, em motel da cidade de Botucatu.

Segundo informações da polícia, o namorado foi ao camelódromo de Botucatu onde conseguiu comprimidos abortivos para Vanessa Genoveva dos Santos Nunes, que trabalhava na cidade como porteira de uma empresa. Em seguida, no dia 10 de dezembro, o casal teria ido ao motel para encerrar a gestação de 7 meses.

Consta na investigação policial, que Vanessa relatou por telefone a uma amiga que estava passando mal, porque dias atrás havia colocado dois comprimidos em sua vagina e tomara outros dois por via oral.

A criança teria nascido e em seguida foi colocada no porta-malas do carro, enolada em um lençol, e enterrada num canavial.

Vanessa permaneceu na casa do namorado, no Jardim Itamaraty, mas no dia três dias após o aborto passou mal e teve que procurar o PS Municipal e, depois, transferida ao Hospital das Clínicas de Botucatu, vindo a falecer no dia 14, segunda-feira.

A morte foi atestada pela Unesp como infecção generalizada, retenção de placenta e aborto. Logo após a morte, o caso não foi comunicado à polícia;

Nesta terça-feira (22), a Polícia Civil conseguiu a prisão temporária do namorado, que negou o crime, após denúncia feita pela família de Vanessa. Ele ficará detido pelo menos por 30 dias para apuração do caso. “Agora a polícia faz buscas para tentar localizar a criança. Há indícios da participação do namorado, que alegou ter comprado o comprimido. Ele alega que a namorada usou os abortivos sozinha”, disse a delegada Simone Alves Tuono da DDM – Delegacia de Defesa da Mulher.

O namorado da vítima poderá responder por homicídio qualificado por meio insidioso e cruel com pena que varia de 12 a 30 anos. O caso ainda pode ser enquadrado por duplo homicídio já que a criança teria nascido e depois veio a falecer.

O advogado Marco Aurélio Cappelli Zanin disse que seu cliente nega participação no aborto. “Ele conta que a namorara ligou após ter praticado o abordo. Será solicitado o relaxamento de prisão temporária”, comentou.

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