Descarte incorreto de medicamentos traz riscos para a saúde

Docente do Senac Botucatu explica que remédios podem provocar contaminação ao serem jogados no lixo comum, em ralos e vasos sanitários

da Assessoria do Senac-SP

Após concluir o tratamento médico ou verificar que o prazo de validade do produto venceu, muitas pessoas não sabem qual destino dar aos remédios. O descarte de pílulas, comprimidos e xaropes acaba acontecendo dentro de casa, na pia da cozinha, vaso sanitário e lixo comum. Mas essas não são as formas adequadas de eliminação, já que podem provocar danos à saúde e ao meio ambiente.

De acordo com dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entre 10 e 20 toneladas de medicamentos são descartadas no país. Cada quilo destinado irregularmente pode contaminar até 450 mil litros de água. Os dados, divulgados pela companhia Brasil Health Service (BHS), transcrevem a importância da destinação correta de remédios vencidos ou não mais utilizados.

Christian Henrique de Moraes, docente do curso Técnico em Farmácia do Senac Botucatu, explica que os medicamentos contêm traços químicos resistentes e por isso podem causar contaminação do solo e da água.

“O problema é tão sério que, cada vez mais, são encontradas altas concentrações de substâncias de fármacos no meio ambiente e nas estações de tratamento de esgoto”, afirma. 

Mas os danos podem ser evitados com o cuidado na hora de se desfazer de medicamentos sem utilidade. Em Botucatu, segundo o docente, o descarte seguro e correto deve ser feito nos postos de saúde.

“A prefeitura da cidade faz a incineração destes produtos. Mas vale salientar que essa é uma iniciativa de Botucatu, pois ainda não há legislação vigente sobre o assunto”, finaliza.