Botucatuense acompanha um dos primeiros shows da reunião do Guns and Roses
Caroline Bernardino conta experiência de acompanhar uma das primeiras apresentações da reunião do Guns
por Flávio Fogueral
Polêmicas. Brigas. Separações. Acusações. Mas milhões de dólares arrecadados, sucesso em todo o mundo e o posto de uma das maiores bandas de rock and roll de todos os tempos. Estes rótulos são aplicados facilmente ao Guns and Roses que, entre meados dos anos 1980 e início dos 1990, dominaram as rádios e a cena roqueira em todo o mundo.
Axl Rose, Slash, e Duff MacKagan, da formação original da banda, deixaram (pelo menos em parte), as diferenças de lado e tiraram a banda do hiato de anos que teve início após o lançamento do disco “The Spaghetti Incident?”, de 1993, até o polêmico “Chinese Democracy” (2008), que contou com outra formação da banda, além de milhões de dólares investidos e 15 anos de produção.
Rumores de uma possível reunião de membros originais da banda com Axl Rose circulavam há anos, mas sempre eram desmentidos. O próprio Slash, refutava a ideia de dividir palco com agora seu antigo desafeto. Novamente os boatos ficaram fortes nos últimos meses de 2015, com a imprensa especializada em música dando como certa a volta da banda. E isso ocorreu em março, quando o site do Guns and Roses estampara a antiga logomarca, criação de Slash.

De forma sutil, o primeiro show da banda ocorreu em um 1º de abril. Não era mentira. Às 22 horas (duas da madrugada, no Brasil), os primeiros acordes de guitarra e a voz esganiçada, característica de Axl Rose, entoavam “Welcome to the Jungle” a uma plateia selecionada e que disputou cada ingresso para entrar no Troubadour, em Los Angeles. Curiosamente, o local foi palco das primeiras apresentações da banda, nos anos 80.
A apresentação marcou a cena roqueira, que tem buscado a volta de bandas clássicas. Os primeiros shows do Guns foram para plateias pequenas.
A nutricionista botucatuense Caroline Bernardino foi uma das centenas de fãs que, desde o dia 1º de abril, acompanhou uma das apresentações de aquecimento da banda para a turnê norte-americana, que ocorre ainda neste primeiro semestre. Ela esteve em San Diego para um congresso acadêmico e aproveitou uma das folgas para tentar assistir ao show.
Sem muita fé em conseguir um ingresso de imediato, ela e colegas tentaram por dez minutos comprar via internet. Segundo ela, uma eternidade. Desistiram do online e encararam viagem para Las Vegas e mais de duas horas na fila do T-Mobile, arena que recebeu o show neste final de semana. A espera, para Caroline, valeu a pena. Conseguiram os ingressos que davam acesso à parte da frente do palco.

“Eu mal dormi. Aquilo foi incrível”, resume Caroline. “A defino (a experiência) como emocionante. Uma sensação indescritivel! Arrepiei em todas as músicas, assim como meu olho lacrimejou em diversas”, relata.
“O Axl estava de pé quebrado, então tocou sentado no trono feito pelo Dave Grohl, do Foo Fighters. Por isso ele estava contido. Acredito que depois de 23 anos de separaçao, eles estavam mto bem entrosados. E arrepiaram no palco com versões maravilhosas… E solos indescritiveis”, complementa Caroline.
Para ela, os fãs podem aguardar com boas surpresas o retorno. “O retorno da banda é algo épico, eles se completam e tornam o show um espetáculo. A musicalidade impressiona e faz deles astros do rock”, resume. A expectativa dela, agora, é acompanhar uma apresentação em solo brasileiro. “Acredito que venham novas turnês, espero que passando pelo Brasil. E que não se separem mais para que continuem abrilhantando o rock mundial”, finaliza a fã.

