Prefeitura cancela inicio de obras na Rua Amando de Barros, após impasse com comerciantes

Além do momento de crise política e financeira, lojistas reclamam da perda de vagas de estacionamento para clientes

por Sérgio Viana

rua amando de barrosNa tarde desta segunda-feira, dia 11 de abril, a Prefeitura de Botucatu anunciou o adiamento da revitalização da Rua Amando de Barro, principal corredor comercial, localizado no centro da cidade, após um abaixo-assinado com 65 assinaturas de lojistas instalados entre o Largo Paratodos e a Praça do Bosque. A obra é anunciada e aguardada há cerca de 10 anos por consumidores e comerciantes.

A perspectiva era de que as obras começassem nesta sábado, dia 16 de abril. Porém, no abaixo-assinado produzido por comerciantes, estes afirmam que os lojistas que se reuniram e entraram em consenso com a Prefeitura a respeito da revitalização, no dia 18 de março, não representam “a maioria dos comerciantes do trecho citado”, mas que não são contra as obras. “Pelo contrário achamos que já passou da hora de revitalizar a Rua Amando de Barros, porém dois motivos nos fazem repensar”, declaram os assinantes.

Os motivos seriam o período atual de crise política e financeira e a diminuição do número de vagas de estacionamento, o que também atrapalharia o acesso dos clientes aos comércios. A revitalização pretende retirar uma das faixas de estacionamento dos quarteirões a serem revitalizados, e aumentar o espaço de trânsito de veículos e calçada.

“Causa-nos estranheza que alguns lojistas que estiveram na reunião pública realizada em 18 de março de 2016, na Câmara Municipal, para apresentação do cronograma das obrase aprovaram o projeto por unanimidade, agora tenham assinado o referido abaixo-assinado”, afirma o secretário adjunto de Comércio e Serviços, Antonio Zorzella Neto, em nota oficial.

Zorzella ainda destaque que é do interesse da gestão pública atual efetuar melhorias na região, com instalação de novos equipamentos e estruturas que facilitem a mobilidade pelo corredor comercial. Em relação às vagas de estacionamento, o secretário adjunto defende que novos estacionamentos particulares surgirão e que a empresa AutoParque, que administra e cobra taxas de estacionamento em Botucatu, deverá criar novas vagas, em ruas adjacentes que ainda não contam com parquímetros.

Ao final da nota, Antonio Zorzella frisa que novos debates deverão ocorrer em busca da solução ao impasse. “Apesar de ser um projeto aguardado desde 2004 e que, no final de 2014, foi aprovado por aproximadamente 150 lojistas reunidos na sede da CDL, abriremos oportunidade para novas discussões, visando buscar um consenso”.

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