Hospital das Clínicas passará a gerenciar Casas de Apoio, antes vinculadas à Famesp

Hoje, são quatro casas com 104 leitos, ao todo.

da Assessoria do HCFMB

Desde o início de setembro, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) assumiu a responsabilidade direta pela administração das Casas de Apoio que acolhem pacientes em tratamentos complexos e seus acompanhantes. Os detalhes foram discutidos em reunião entre os diretores do HCFMB, diretoria da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB) e presidência da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar (Famesp), entidade que fez a gestão das Casas por dez anos. Hoje, são quatro casas com 104 leitos, ao todo.

“É importante que esta transição administrativa das Casas de Apoio da Famesp para o HCFMB seja feita de forma progressiva e coordenada, para que nada do que existe hoje se perca”, destaca Trajano Sardenberg, vice-presidente da Famesp, que participou da reunião.

“Também vale ser dito que duas das quatro casas existentes são de propriedade da Fundação e todos os funcionários que atuam neste projeto social são contratados por ela. Portanto, a Famesp não sai de cena, apenas transfere a gestão administrativa para que o HCFMB tenha mais autonomia nas decisões cotidianas. Até por que quem conhece a fundo o perfil dos pacientes é mesmo a equipe do HCFMB por oferecer a assistência médico-hospitalar”, complementa o presidente da Famesp, Antonio Rugolo Jr.

As Casas de Apoio ficarão subordinadas à Gerência Multiprofissional do Hospital, que é um dos pilares da Diretoria de Assistência e continuará a ser dirigida pela assistente social Solange S. de Moraes e pelo funcionário Rubens de Almeida, conhecido por Alemão.

Para o diretor da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB-Unesp), Pasqual Barretti, as Casas de Apoio são um diferencial que a Famesp passa para o HC. “A construção das Casas de Apoio mudou bastante a imagem que a Famesp tinha com a comunidade, mudou completamente a qualidade de acolhimento, recepção e segurança do paciente que precisa do hospital e isso, para mim, tem custo mas não tem preço”, conclui Barretti.

Perfil das casas

Com 114 leitos, ao todo, cada casa tem um perfil. A Casa de Apoio I acolhe pacientes com câncer. A Casa de Apoio II também é destinada à área oncológica, mas especialmente para crianças com câncer. A Casa de Apoio III acolhe mães que amamentam bebês prematuros. E a Casa de Apoio IV recebe pacientes transplantados em diálise peritoneal. O atendimento humanizado é prestado em parceria com o Serviço Social do HCFMB, que faz a triagem dos pacientes.

Durante o período em que ficam hospedados na casa, paciente e acompanhante têm à disposição café da manhã, almoço, chá da tarde, jantar e chá noturno. Aqueles que recebem uma dieta diferenciada em virtude do tratamento são supervisionados pela equipe de assistência do Hospital.

Histórico

A excelência no atendimento à saúde demandou aumento considerável da procura pelos serviços prestados no HCFMB. Muitos pacientes e acompanhantes que vinham de outras cidades e até outros estados procurando tratamento, ao chegar em Botucatu, não tinham condições financeiras de se hospedar na cidade.

Foi aí que, em meados de 2005, Rubens de Almeida, o Alemão, sensibilizou-se com um idoso que passava mal nas dependências do HCFMB em razão de um tratamento que realizava no Hospital. A partir daí, Alemão criou o projeto de uma casa que abrigasse esses pacientes. A ideia foi prontamente recebida pela Diretoria do HCFMB que, com apoio da Famesp, viabilizou a implantação do projeto.

“Nosso primeiro passo foi correr atrás de um prédio que oferecesse condições para que o projeto saísse do papel. Poucos meses depois (janeiro de 2006), inauguramos a primeira Casa de Apoio ao Paciente Oncológico, com capacidade para acolher 44 pacientes de outras localidades”, explica Alemão, responsável atualmente pelas quatro unidades.

Referência nacional no atendimento médico, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (HCFMB) recebe milhares de pacientes provenientes de todas as regiões do país. Pessoas que geralmente vêm acompanhadas por familiares que ficam alojados nas Casas de Apoio.

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