Quanto custou o voto botucatuense em 2012?

Confira quanto cada vereador eleito e candidatos a Prefeito ‘investiram’ na última campanha eleitoral

por Sérgio Viana – informações da organização ‘Às Claras’

De acordo com a organização não governamental (ONG) ‘Às claras’, que disponibiliza dados relativos a doações e valores de campanhas a Prefeito e Vereador nas Eleições 2012, as campanhas políticas em Botucatu vêm se tornando cada vez mais claras e de modo acelerado. Para se ter uma ideia, em 2004 o montante arrecadado por todas as campanhas para a Prefeitura foi de quase R$ 259 mil, já em 2008 o valor foi de R$ 327 mil e nas últimas eleições, em 2012, o custo total das campanhas mais do que dobrou, totalizando R$ 736.461,00. Valor que dividido pelos pouco mais de 91 mil eleitores botucatuenses registrados em 2012 resultaria em R$ 10,95 por voto. Todos os dados são retirados do Tribunal Superior Eleitoral.

Em 2016, com o veto a doações de empresas para campanhas políticas, menor tempo de duração da campanha (45 dias) e teto de gastos, espera-se que os valores de todas caiam em relação a 2012, justamente pelo desequilíbrio de forças gerado pelo poder econômico.

joao-cury-45-2012O custo total declarado da campanha do atual prefeito João Cury (PSDB), reeleito em 2012, foi de R$662 mil, que divididos pelos 38.779 votos que teve resulta num custo de R$17,09 por voto. Os maiores doadores de campanha de João foram as redes de supermercados Manzini e Jaú Serve, que repassaram respectivamente 80 e 50 mil reais à coligação tucana. O adversário Mário Ielo, que então disputava seu retorno à Prefeitura pelo PT, arrecadou R$ 71.589, sendo os maiores doadores a Usina Açucareira de São Manuel e o grupo Plaza San Martin Empreendimentos Imobiliários, que doaram R$10 mil cada. Cada um dos 27.531 votos obtidos por Ielo custaria R$ 2,64.

O terceiro colocado em 2012, Gustavo Bilo (PSOL), declarou uma campanha de R$ 1.000, o que totalizaria o custo de R$ 1,07 por cada um dos 935 votos que o socialista conquistou.

Entre os vereadores, dos 11 eleitos, 7 lideram o ranking de campanhas mais robustas de 2012. Confira cada um:

Lelo Pagani – então pelo Partido dos Trabalhadores, em 2012, Lelo (Rede) realizou a campanha com maior receita entre os candidatos ao legislativo, num total de R$ 56.146,85, que divididos pelos 1.989 votos que o elegeram totalizam um custo de R$ 28,23 por eleitor.

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João Elias

João Elias – segundo colocado no ranking de campanhas mais caras entre os vereadores, João Elias (SD) declarou gastos de R$ 30.074,47 em 2012, que divididos por seus 873 votos totalizam um custo de R$ 34,45 cada.

Reinaldinho – em terceiro, o atual candidato a Prefeito pelo PR investiu R$ 28.529,92 através de sua campanha, para conseguir 2.750 votos, ou seja, um custo de R$ 10,37 por voto.

Curumim – o tucano André Rogério Barbosa, do distrito de Rubião Junior, realizou uma campanha aos custos de R$ 28.221,80 declarados. Eleito por 1.727 votos, custando R$ 16,34 cada um.

Carreira – pelo PSB, Edinei Lazaro Carreira somou R$ 25.313,46 para sua campanha e obteve 1.001 votos, gerando um custo relativo de R$ 25,29 por eleitor que votou em sua candidatura.

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Josey

Josey – falecido ao final de 2013, o advogado Josey de Lara Carvalho (PR) fez campanha com R$ 21.212,00 e foi eleito com 2.039 votos, ou seja, na época, cada voto lhe custou R$ 10,40.

Izaias Colino – o advogado e ex-líder da Juventude do PSDB, em 2012, arrecadou R$ 21.144,62 para conseguir 1.850 votos em sua campanha, gerando um custo de R$ 11,43 por cada eleitor conquistado.

Fernando Carmoni – o líder do governo João Cury e posteriormente condenado criminal por não pagar direitos trabalhistas de seus funcionário, Fernando Carmoni (PSDB) somou R$ 11.386,35 em receitas de campanha, conseguiu 1.549 votos, ao custo de R$ 7,35 cada.

Valmir Reis – pelo PPS, Valmir realizou sua segunda campanha para vereador com R$ 8.410,54. Conseguiu 1.102 votos, o que gera um cálculo de R$ 7,63 por voto.

Rose Ielo – a única mulher eleita para a Câmara de Vereadores de Botucatu em 2012, então pelo PT, fez campanha com R$ 7.416 para angariar 1.293 votos. Custo de R$ 5,74 por voto.

Carlos Trigo – para sua terceira eleição legislativa, o então também petista fez a campanha mais barata entre os eleitos, contou com uma receita de campanha no valor de R$ 6.226,64 e conquistou 1.368 votos, totalizando o custo de R$ 4,55 por voto.

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