Candidatos a Prefeito de Botucatu nas urnas
Políticos votam pela manhã e falam das impressões deixadas após os dias de campanha
Textos e Fotos: Sérgio Viana e Flávio Fogueral

Daniel de Carvalho (PSOL) foi o primeiro candidato a registrar seu voto na manhã do dia 2, por volta das 9h, na Escola Industrial. O socialista chegou acompanhado por seus pais, apoiadores e militantes de seu partido. “A Expectativa é a melhor possível. Fizemos uma caminhada muito bonita na rua, em todos os bairros. A gente acredita que agora é a hora de ter uma cidade de volta pro povo, democrática”, comentou o candidato a respeito da espera pelo resultado das urnas após sua campanha.
“O trabalho nosso é pra ser Prefeito, com uma proposta que tenha abertura, que é o que o cidadão está procurando. Queremos estar na Prefeitura para diluir o Poder que está concentrado naquele lugar. Nós perguntamos, ‘E se você fosse o Prefeito de Botucatu?’ justamente para que todo mundo seja mais dono [da Cidade]”, disse Daniel.
![Pardini: "Entrei uma pessoa e estou saindo outra [dessa campanha]. Eu fiz o meu melhor, procurei estudar muito a cidade, levei propostas e escutei muito."](http://noticiasbotucatu.com.br/wp-content/uploads/2016/10/pardini_perez_vota-300x234.jpg)
Mário Pardini (PSDB), seu vice André Peres, assessores e membros de sua coligação chegaram logo em seguida à Escola Industrial, onde o tucano também vota. “Estou bastante tranquilo. Entrei uma pessoa e estou saindo outra [dessa campanha]. Eu fiz o meu melhor, procurei estudar muito a cidade, levei propostas e escutei muito. Agora é a vontade do povo e de Deus”.
“Nesse momento é natural que não exista unanimidade, isto é a democracia. Passada as Eleições, que for o Prefeito de Botucatu terá que governar para 140 mil habitantes”, afirmou Pardini sobre como seria sua gestão em caso de vitória, visto que em 2016 há grande divisão de propostas e candidatos, o que pode gerar um resultado apertado.

Reinaldinho (PR) votou às 10h30 da manhã no Colégio La Salle, também na região central. O republicanos estava acompanhado da família e em seguida foi à frente do EECA, onde diversos políticos, candidatos, imprensa e o próprio Prefeito João Cury se aglomeravam. “As perspectivas são boas, mas foi uma campanha bem cansativa por conta do curto espaço de tempo e eu continuei com minhas atividades normais de trabalho. A receptividade da população foi muito grande, apesar de vivermos um momento em que as pessoas estão descontentes com a política”, comentou Reinaldinho.
Sobre o que o candidato espera de uma futura gestão pública de Botucatu, afirmou: “Tem que haver o diálogo em todos os Governos. Não é possível mais admitir que na política as pessoas vejam o outro lado como inimigo. Se a pessoa tem compromisso com a sociedade, ela tem que fazer parte”.

Mário Ielo (PDT) chegou por volta das 11h à Escola Estadual ‘Cardoso de Almeida’ (EECA), onde vota, acompanhado da família e apoiadores. “Meu sentimento é de agradecimento à população pelo reconhecimento e como nos recebeu nos bairros. Botucatu é uma cidade forte, o importante é saber que uma boa gestão leva recursos a todas as áreas”, disse a respeito de sua campanha.
“Eu acho que aqueles que querem o bem da cidade têm que se unir. Vamos conversar com todos os partidos se viermos a ser eleitos, no sentido de trabalharmos de uma maneira única em prol da Cidade”, sobre os caminhos a serem trilhados por uma possível gestão pedetista em Botucatu.

Érick Facioli (PT) votou por volta das 10h30 na Escola Dom Lúcio Antunes da Silva, na Vila dos Lavradores. Acompanhado da esposa, filha e da vice Cátia Fonseca. Mostrando bom humor, disse que era o único dos candidatos que prefere estar nos bairros (referindo-se sobre os demais candidatos votarem no Centro). “Saímos fortalecidos. Conseguimos colocar nossas propostas e debatê-las com a população. Passamos a nossa mensagem e as pessoas começaram a ver nossas propostas como uma opção. É um dos dias mais felizes da minha vida podendo ver como as pessoas viram nossas propostas”, declarou.
Ao comentar sobre o ciclo de revezamento no poder entre PT (2001 a 2009) e PSDB (1996/2000, 2009/2016), Facioli diz que tal polarização não ocorreu no pleito deste ano. “Acredito que temos vários candidatos com chaces de vencer. São nomes que até então não era vistos como candidatos e são nova opção no contexto político. Os outros partidos passaram a apresentar outras referências. Botucatu começa a perceber que existem outros caminhos além do que aqueles que estão acostumados”, frisou o petista.