Juiz nega ação do PSOL que pedia impugnação de Mário Pardini
Justiça entendeu que jornal evangélico não beneficiava somente Pardini e seu vice, André Peres, por citar outros candidatos de legendas diferentes
por Flávio Fogueral
O juiz eleitoral da 26ª Zona Eleitoral- que agrega os municípios de Botucatu, Itatinga e Pardinho-, Josias Martins de Almeida Júnior, recusou ação movida pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), contra o candidato da coligação Botucatu Mais Forte, Mário Pardini (PSDB).
O pedido de investigação por crime eleitoral, foi motivo por causa da publicação de uma matéria no jornal ‘Sétima Trombeta’, editado por Paulo Cruz, registrado no site da Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP) como auxiliar do deputado estadual Fernando Cury (PPS). Cruz também é presidente do Partido Social Cristão (PSC) de Botucatu, que compõe a coligação ‘Botucatu Mais Forte’.
Explica o chefe do cartório eleitoral de Botucatu, Igor Ignácio, que o entendimento do magistrado foi baseado na liberdade de expressão e pleno exercício de imprensa sem censura. Segundo Ignácio, a mesma publicação- objeto apresentado na denúncia pelo PSOL- apresentava candidatos de outros partidos, todos evangélicos.
Ação de Reinaldinho ficará para depois da eleição
Durante a semana, a coligação Renova Botucatu, encabeçada pelo vereador Reinaldinho (PR), apresentou ação de impugnação de Mário Pardini (PSDB) da coligação Botucatu Mais Forte. O motivo seria o uso de acesso do candidato tucano a equipamento público em obras, o que caracterizaria uso indevido de poder econômico/político.
Segundo a assessoria jurídica da coligação Renova Botucatu, a denúncia ocorreu após o uso de imagens de visitas de Pardini – então pré-candidato do PSDB – a diversas obras promovidas pela atual gestão municipal, do seu colega de partido e principal cabo eleitoral João Cury Neto, entre elas o prédio do antigo Fórum, que seria a Pinacoteca. As visitas ocorreram no dia 7 de junho. Na ocasião, o candidato tucano teria usado imagens de sua visita na página oficial da campanha, no Facebook.
Conforme explicou o chefe do Cartório Eleitoral de Botucatu, a ação está sob análise sendo que, caso a denúncia seja acatada pelo juiz, haverá prazo para recursos da defesa e acusação. Todo o processo será analisado, então, pelo Tribunal Eleitoral Regional e posteriormente na instância máxima, no Tribunal Superior Eleitoral, caso necessário. Mesmo com o processo, Pardini poderá ser diplomado prefeito, caso eleito.