Professores de Botucatu aderem a movimento estadual e param atividades durante 4 dias

Mobilização é contra as mudanças propostas pela Reforma da Previdência e também as mudanças no Ensino Médio

por Flávio Fogueral

Entre esta terça-feira, 28, até sexta-feira, 31, professores da rede estadual de ensino fazem mobilização em todo o Estado contra a proposta de Reforma da Previdência e também do Ensino Médio, ambas apresentadas recentemente pelo governo federal. Também reivindicam melhorias de trabalho e valorização da categoria por parte do governo estadual.

Em Botucatu, alguns professores aderiram ao movimento e não entraram nas salas de aula nesta terça-feira. Alguns movimentos pontuais ocorreram em escolas como a E.E. Cardoso de Almeida (EECA), entre outras no município e na região. Foram realizados atos de conscientização nas entradas dos alunos nos períodos da manhã e da tarde, explicando as motivações da mobilização

Professores e alunos reuniram-se em frente à EECA nos dois períodos de aula
Professores e alunos reuniram-se em frente à EECA nos dois períodos de aula

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Na EECA, por exemplo, cartazes foram afixados explicando as reivindicações. Em um deles, havia a contestação da reforma do Ensino Médio, como as propostas a supressão de disciplinas da grade curricular, carga horária proposta e a possibilidade de terceirização de parte do ensino. Outra crítica é quanto à proposta de aposentadoria aos 65 anos (com 49 anos de contribuição), conforme prevista na Reforma da Previdência. Atualmente o professor pode se aposentar contabilizando o tempo em sala de aula. (Entenda as mudanças da Reforma aqui)

Em entrevista à Rádio Municipalista, Floripes Godinho, representante da regional da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo), salienta que além das possíveis mudanças na idade de aposentadoria. “Entendemos que essa reforma traz um retrocesso, onde são tirados os direitos não só do professor, mas de todos. Por isso, alertamos toda a população a entrar na mobilização”, disse.

Ela exemplificou que, para que o professor cumpra todas as regras previstas pelo projeto apresentado na Reforma da Previdência, terá que iniciar sua carreira de forma precoce, aos 16 anos. Também frisou que o governo estadual de Geraldo Alckmin (PSDB), se recusa a negociar melhorias para a categoria. Isso, de acordo com a sindicalista ocorre há três anos. “O professor, nesse período, não tem nem o reajuste da inflação, que por lei seria obrigatório”, conclui Floripes.

Cartazes afixadas em frente à grade da EECA explicam as reivindicações
Cartazes afixadas em frente à grade da EECA explicam as reivindicações

A paralisação deve ocorrer até sexta-feira, dia 31, quando uma assembleia será feita em São Paulo, para decidir se o movimento se estenderá no decorrer da próxima semana.

 

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