Situação política ficou indefinida já que o mais votado em 2016, Ailton Faria, ficou inelegível pela Lei da Ficha Limpa
por Flávio Fogueral
No dia 2 de julho, os 12 mil eleitores de Itatinga irão novamente às urnas para a escolha de seu novo prefeito e vice-prefeito. A decisão quanto à data das novas eleições no município foi definida esta semana pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) e recebida pelo juiz Josias Martins de Almeida Júnior.
Pelo calendário previsto pelo TRE-SP, os partidos terão de 5 a 7 de maio para realização de convenção, sendo que a campanha efetivamente começa 30 dias antes do pleito. Uma das novidades é que a apuração e transmissão dos votos ocorrerá exclusivamente em Itatinga, explicou Igor Ignácio, chefe do Cartório Eleitoral da 26ª Zona Eleitoral, que compreende os municípios de Botucatu, Pardinho e Itatinga.
A situação política do município estava indefinida desde outubro do ano passado quando o então candidato Ailton Fernandes Faria (PSDB) teve o registro de candidatura impugnado pelo TRE-SP. Ele foi condenado pela Lei da Ficha Limpa devido a rejeição, por parte do Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP) de São Paulo, das contas referentes aos exercícios de 2011 e 2012 quando era prefeito de Itatinga. A decisão do TCE foi ratificada pela Câmara Municipal, nas duas ocasiões.
Mesmo com a candidatura em suspenso, Faria decidiu concorrer ao cargo de prefeito. Obteve 4.583 votos contra 3.264 do atual prefeito Paulo Apolo (PV), na votação de 2 de outubro. No sistema de apuração eletrônica do Tribunal Superior Eleitoral, Apolo é identificado como eleito, mas não assumirá já que, mudanças previstas na mini reforma política de 2013 estabelece que em caso de indeferimento de candidatura, deverá ser realizado um novo pleito. Desse modo, o segundo colocado na eleição não pode ser proclamado como o vencedor.
Sem um prefeito eleito, quem responde administrativamente pelo município é o presidente da Câmara local, Nilton de Jesus Polido (PSDB), que foi eleito 210 votos.