Botucatu terá ato pela Greve Geral nesta sexta-feira (30)
Ato “Botucatu pelas Diretas Já!”, marcado para o Largo da Catedral, às 17 horas, deve reunir centenas de manifestantes
por Flávio Fogueral
Em consonância com a mobilização nacional que as principais centrais sindicais, Botucatu integrará as ações da Greve Geral nesta sexta-feira, 30 de junho. O ato, chamado “Botucatu pelas Diretas Já!” está marcado para o Largo da Catedral Metropolitana, com início às 17 horas. Tem por objetivo manifestar contrariedade às Reformas da Previdência e Trabalhistas, propostas pelo governo Michel Temer (PMDB) e em análise pelo Congresso Nacional.
O ato terá início às 17 horas, com a concentração dos manifestantes na Praça Emílio Pedutti (Bosque). Na sequência, será promovida uma passeata pelo Centro da Cidade, culimando com um Encontro Popular e apresentações musicais também em frente à Catedral. Uma mobilização preparatória foi promovida no domingo (25) na região da Cohab 1, onde os organizadores do ato distribuíram panfletos e falaram com populares sobre os principais pontos de mudança nas legislações trabalhista e previdenciária.
Ao menos treze entidades entre sindicatos, movimentos sociais e populares; além de partidos políticos de esquerda integrarão a mobilização. Integram a organização do ato a União dos Sindicatos de Botucatu, Frente Brasil Popular-Sementes da Democracia, Frente Povo Sem Medo, Coletivo Cultural Autônomo Humanista Organizado (CAHÔ), Coletivo Genis, Coletivo Sementes da Democracia, Coletivos Feministas de Botucatu, Entidades Ambientalistas de Botucatu, Juntos! Botucatu, Movimento Social de Luta (MSL), Partido dos Trabalhadores (PT) de Botucatu; e Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).
A intenção da organização do ato é fazer uma reflexão sobre as mudanças significativas que as Reformas Trabalhista e da Previdência trarão à sociedade. Uma das alterações principais refere-se ao aumento na idade de aposentadoria- que passaria a ser de 60 anos tanto para homens quanto mulheres- a intenção original do governo federal era que as pessoas se aposentassem aos 65-, além de 40 anos de contribuição à Previdência Social.
Outras modificações previstas centram nos novos dispositivos que regem a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) como a flexibilização da jornada de trabalho, terceirização da atividade-fim, negociação individual de salários e, por fim, a extinção da contribuição sindical obrigatória, que hoje equivale a um dia de trabalho. Também regulamenta o exercício profissional à distância, o chamado home-office.
A manifestação programada para esta sexta-feira também objetiva pedir a renúncia do presidente Michel Temer, oficialmente denunciado pela Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva, em caso da delação feita por Joesley Batista, fundador e um dos antigos donos do grupo JBS. Por ser presidente, Temer só poderá ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal, mas é preciso que a Câmara dos Deputados autorize o processo.
Quanto à renúncia de Temer, um primeiro protesto ocorrera em maio. Na ocasião, mais de 50 pessoas reuniram-se em frente ao Largo da Catedral, sob forte chuva e frio, para debater a conjuntura nacional e os impactos das denúncias de corrupção ao presidente.
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https://www.facebook.com/NBotucatu/videos/1467022473356049/
