Ainda sem inaugurar, praça em frente às antigas oficinas da Fepasa é alvo de vandalismo
Local que passa por revitalização já sofre com impactos do vandalismo tendo estrutura danificada por desconhecidos
Texto e fotos: Flávio Fogueral
Ainda sem inaugurar, o espaço que compreenderá a futura sede do Fundo Social de Solidariedade (FSS) nas antigas oficinas de máquinas da Fepasa, em Botucatu, já é alvo de depredação e vandalismo. As obras no entorno do FSS, iniciadas em novembro de 2016, estavam orçadas em R$ 1.035.417,62, preveem diversas ações de modernização.
Entre as novidades estão um playground, academia da terceira idade, postes de iluminação, bancos de concreto, floreiras, bicicletário, paisagismo, estacionamento e modernização da portaria, com reforma dos banheiros e área social. Como parte do processo de acessibilidade, o espaço conta com piso intertravado drenante. Está prevista, ainda, uma ciclovia que interligaria o trecho à existente na Rua José Barbosa de Barros, no Jardim Paraíso.

Os trabalhos na área do entorno das oficinas, a cargo da Construtora Reobote Projetos e Empreendimentos Ltda, tinham previsão de conclusão para dezembro de 2016. Mesmo sem estar entregue oficialmente à população, o acesso é liberado ao público. Isso, tem provocado transtornos e prejuízos, conforme constatou o Notícias Botucatu em visita ao local, nesta semana.
Mesmo com toda a estrutura de segurança instalada como alambrado e portaria, os atos de vandalismo são visíveis. No primeiro contato visual com o espaço, a portaria já apresenta pichações. As portas de acesso às salas de apoio na portaria foram arrancadas e é possível encontrar papelões pelo chão, além de peças de roupas abandonadas e embalagens de preservativos abertas. No banheiro ao lado, também sem as portas e sem a conexão hidráulica, é possível encontrar fezes espalhadas pelo chão, paredes e, principalmente entopem o vaso sanitário instalado.
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Mais adiante, é possível constatar que parte dos bancos de concreto foram arrancados. Alguns foram planejados para atender ao idoso e para interessados na prática de jogos de tabuleiro. Um desses conjuntos foi danificado completamente, com os assentos sendo deslocados para outros pontos da praça.
Garrafas, embalagens e bitucas de cigarro são facilmente encontrados em diversos pontos do espaço urbanizado. Alguns recipientes são de vidro e foram deixados no playground. O espaço para recreação sofre, inclusive, com a falta de manutenção onde alguns brinquedos apresentam ferrugem aparente em suas peças.
Na academia para a terceira idade, o problema é ampliado em pichações em algumas placas de instruções para os exercícios. Uma delas foi arrancada e jogada metros adiante, na área onde fica o playground. Ao circular pelo espaço, é possível constatar que parte do projeto paisagístico prometido pela Prefeitura não recebe a manutenção necessária. Alguns vasos destinados para alocar plantas, foram derrubados.
Populares relataram ainda que, no período noturno é possível observar pessoas indo para o espaço para atividades diversas como prática sexual e uso de entorpecentes. A iluminação instalada, relatam, não é suficiente para inibir os atos que se tornam corriqueiros. A alguns metros da futura sede do Fundo Social, está localizada a Guarda Civil Municipal, que tem entre suas atribuições, a vigilância e preservação do patrimônio do município.

Oficinas da Fepasa também sofrem com atos de vandalismo
Os atos de vandalismo também se estendem às obras- sem previsão de conclusão- da futura sede do Fundo Social de Solidariedade, nas antigas oficinas da Fepasa. Mesmo com trabalhadores da empresa contratada para a restauração trabalhando, desconhecidos conseguem adentrar ao local.
Alguns dos tapumes colocados para impedir o acesso já estão danificados e, em alguns casos, nem mais existem. No interior de uma das partes restauradas, além da pichação, há pontos em que as paredes foram quebradas devido a chutes. Em uma das salas, novamente são encontradas embalagens abertas e preservativos usados espalhados pelo chão.

As obras de recuperação das oficinas, também prometidas inicialmente para dezembro de 2016, terão custo de R$ 2,4 milhões e está a cargo do Estúdio Sarasá, mesma empresa responsável pela restauração da Estação Ferroviária de Botucatu. Pelo projeto, a restauração contemplará a instalação de salão multiuso; lavanderia geral; depósito de materiais; garagem coberta; sede administrativa; galpão para separação de materiais e peças de doação; amplas salas para as oficinas de costura e Escola de Moda; seis salas para Escola de Beleza; sala de aula teórica e canteiro de obras para a Escola da Construção Civil; sala para iniciação de oficinas de artesanato e múltiplas atividades.

Prefeitura diz que espaço ainda não foi inaugurado e notificará empresa
Em nota oficial, a Prefeitura de Botucatu diz que “as obras neste local ainda não foram concluídas e não houve inauguração do espaço. A empresa responsável pela construção foi notificada pela Secretária de Infraestrutura para que dê ritmo aos trabalhos”, informou.
Sobre a vigilância no espaço, o Executivo Municipal ressalta que a Guarda Civil Municipal realiza rondas preventivas frequentes na região para inibir atos ilícitos. Garante ainda, que assim que as obras forem concluídas (a nota não dá qualquer previsão de entrega), “a Prefeitura fará a ocupação do espaço e contratação de vigilantes, que irão atuar 24 horas.”