Mondelez anuncia fechamento de fábricas em Bauru e Piracicaba
Empresa decidiu transferir suas linhas de produção para os Estados do Paraná e Pernambuco
da Redação
A Mondelez International anunciou nesta quinta-feira (1º) que vai fechar as unidades de Bauru (SP) e Piracicaba (SP) por causa de uma “otimização no modelo de produção”.
Segundo o sindicato dos trabalhadores, são quase 2 mil funcionários que devem perder o emprego nessas duas empresas: 800 em Piracicaba e 1.027 em Bauru. Já a Mondelez fala em 800 trabalhadores em Bauru e 600 em Piracicaba, totalizando 1,4 mil profissionais afetados com a mudança.
O prefeito Clodoaldo Gazzetta, acompanhado da secretária de Desenvolvimento Econômico, Aline Prado Fogolin e grupo de vereadores, concedeu na tarde desta quinta-feira (01/03) entrevista coletiva para comentar sobre o fechamento da empresa Mondelez no município.
Participaram do encontro o presidente da Câmara Municipal Sandro Bussola, os vereadores Coronel Meira, Serginho Brum, Roger Barude e Markinho da Diversidade.
De acordo com nota enviada à imprensa pela assessoria da multinacional, a empresa revisou seu processo de fabricação e decidiu intensificar e otimizar seu modelo de produção com foco em fábricas multicategorias, transferindo suas linhas de produção para os Estados do Paraná e Pernambuco.
Durante o encontro, Gazzetta reiterou diversas vezes que “a transferência é uma decisão exclusiva da multinacional e que não há nenhuma relação com o município”.
O chefe do executivo ainda ressaltou que desde o início do governo a Prefeitura mantém diálogos e encontros permanentes com as empresas no intuito de dar suporte às necessidades que permitem desenvolvimento, crescimento da produção e geração de emprego e renda. “No caso específico da Mondelez, ainda no final de 2017, eu, juntamente com vereadores e a secretária de Desenvolvimento Econômico trouxemos a presidência da CPFL para ouvir as necessidades de Bauru e atender especificamente uma demanda desta multinacional”, comentou Gazzetta, reforçando que o anúncio de mudança da multinacional surpreendeu a todos.
Diante do ocorrido, Gazzetta e alguns vereadores estarão na próxima semana em São Paulo para buscar apoio do governador Geraldo Alckmin na intenção de reversão da decisão e tentativa de manter em funcionamento a planta fabril da multinacional, que emprega mais de mil funcionários na cidade.