Greve na Unesp de Botucatu é suspensa após 20 dias

Paralisação foi motivada pelo reajuste de 1,5% nos salários

por Flávio Fogueral

Servidores técnico-administrativos e professores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu, decidiram nesta segunda-feira (18), pela suspensão da greve deflagrada em 28 de maio. Com isso, as atividades devem se normalizar gradativamente nas unidades locais.

A greve foi motivada pelo reajuste de 1,5% nos salários, proposto pelo Conselho dos Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo (Cruesp) que agrega a própria Unesp, além de USP e Unicamp.

Servidores e professores pedem reposição salarial de 3%, além do pagamento deste mesmo índice prometido pela reitoria da universidade em 2015, e que nunca foi incorporado aos vencimentos. Os sindicatos reivindicam, ainda, que os reitores reconhecessem as perdas salariais nos últimos três anos, estimadas em 12%, no caso de USP e Unicamp; e 16% na Unesp.

Outra pauta de reivindicação era quanto ao custeio da permanência estudantil, melhoria na infraestrutura física da universidade e valorização do plano de carreira. Em duas rodadas de negociação, as reitorias mantiveram a proposta inicial e não chegaram a debater os demais pleitos dos grevistas.

A paralisação nunca foi integral no câmpus de Botucatu. Apenas o Instituto de Biociências de Botucatu teve as aulas suspensas por causa da adesão de alunos. Faculdades de Medicina; de Medicina Veterinária e Zootecnia; e Ciências Agronômicas, foram afetadas parcialmente.

Em 5 de junho, mais de 150 servidores técnico-administrativos e professores fizeram manifestação pelas ruas do Centro de Botucatu, onde protestaram pelo valor do reajuste a ser aplicado nos salários. Foi a maior mobilização realizada nesta greve. Nas demais assembleias e reuniões, as adesões eram menores. Um evento, chamado de “Arraia da Greve”, programado para quinta-feira, 14, foi cancelado por falta de participantes.