Travessia de pedestres é comum em trecho de atropelamento fatal na Castelinho
A fatalidade demonstra que, mesmo com os perigos constantes, pedestres continuam a atravessar a pista
por Flávio Fogueral
O acidente que vitimou fatalmente uma mulher de 40 anos, na terça-feira (14), no trecho urbano da Rodovia João Hypólito Martins, a Castelinho, mostra o constante perigo que transeuntes e motoristas estão sujeitos na região.
Com o crescimento habitacional e de empreendimentos, o fluxo de pessoas e, consequentemente de veículos, cresceu consideravelmente obrigando a Prefeitura a criar novos dispositivos para disciplinar o trânsito na região. Porém, as medidas nem sempre são eficazes e provocam acidentes, muitas vezes com graves consequências.
O exemplo mais recente foi o que vitimou a moradora da Vila Assumpção, Laura Gisele Claro de Oliveira que, por volta das 22h30, foi atingida por um ônibus da Stadtbus, que trafegava na rodovia. O motorista não conseguiu frear, sendo que a mulher teve morte instantânea e partes do corpo espalhados pela pista. A polícia averigua as causas do acidente.
Em nota, a Stadtbus salientou que “a vítima saiu do canteiro central e ingressou repentinamente na rodovia onde o veículo trafegava abaixo do limite de velocidade, não dando tempo ao motorista de tomar qualquer medida para evitar o atropelamento”. Complementa dizendo que “está prestando auxílio aos familiares da vítima, bem como colaborando com as autoridades policiais para a apuração dos fatos.”
A fatalidade demonstra que, mesmo com os perigos constantes, pedestres continuam a atravessar a pista por meio do canteiro, ao invés de procurar as faixas de pedestres na avenida José Pedretti Neto, alguns metros adiante. Motoristas também chegam a abusar da velocidade após o contorno na rotatória construída há menos de um ano. Casos de colisões ocorreram nos meses seguintes.
No trecho onde o atropelamento ocorreu, há dispositivos de segurança como muretas somente na separação da pista. Mesmo assim, é fácil pular as barreiras. No canteiro central não existem grades ou telas para impedir a passagem de pessoas, como as instaladas nas proximidades da passarela existente na própria Castelinho. Também não existem placas ou sinalização de alerta aos pedestres, apenas às voltadas para trânsito de veículos.

A reportagem do Notícias Botucatu esteve no local do acidente e verificou que a iluminação também era precária na região. Mesmo com a existência de postes para este fim, algumas lâmpadas estavam queimadas. Moradores que acompanharam o caso relataram que é comum a travessia de pessoas no período da noite.
Por meio de nota oficial, a Prefeitura de Botucatu reforçou que solicita, com frequência, intervenções da Rodovias do Tietê, concessionária responsável pela Castelinho, nos locais de maior fluxo de pessoas. Salientou que cabe à empresa adotar as medidas cabíveis. “Além disso, a Secretaria Adjunta de Assuntos para o Transporte trabalha com campanhas de conscientização de trânsito seguro, tanto para motoristas quanto para pedestres”, frisou o Poder Público municipal.
Quanto às falhas na iluminação naquele trecho, a própria Prefeitura, por meio da zeladoria, já notificou a Companhia Paulista de Força e Luz, para que se promova a troca das lâmpadas queimadas.
Procurada, a Rodovias do Tietê não se manifestou até o fechamento desta edição.

