Virada da Democracia acontece em Botucatu neste sábado, dia 27 de outubro
Serão 13 horas com mais de trinta atrações culturais, educativas e de lazer
da Assessoria
Artistas e cidadãos de Botucatu e da região ligados a diferentes áreas, como Cultura, Arte e Educação, realizarão neste sábado, dia 27 de outubro, a Virada da Democracia, na Praça do Bosque – Centro da cidade. Música, Dança, Circo, Teatro, Yoga, gastronomia, oficinas e mini-aulas sobre diversos temas irão compor 13 horas de programação, das 9 às 22h.
A Virada da Democracia – Cultura, Diversidade, Música e Gastronomia trata-se de uma ação independente e apartidária de artistas locais, mas em consonância com iniciativas que atualmente ocorrem em todo o Brasil. “Tudo começou logo após o primeiro turno, quando algumas pessoas, preocupadas com o avanço e crescimento rápido de pensamentos e atitudes antidemocráticas, tanto dentro das instituições e entidades públicas, quanto nas ruas, passaram a mobilizar algumas reuniões para discutir este cenário e desenvolver maneiras de dar voz a essa preocupação, lembrando a população da cidade da importância do voto consciente neste momento”, afirma Luiza Pinto, dançarina botucatuense
“A Virada da Democracia é um encontro de grande potência desde a sua concepção. Artistas de diversos segmentos culturais se prontificaram a oferecerem suas obras para compor a programação, bem como a disponibilidade para a produção executiva do evento. Somos uma equipe de gente dedicada ao ofício e que quer transbordar para o público a liberdade de expressão, a poesia e a fruição cultural em defesa do estado democrático de direito”, também definiu o músico, ator e palhaço Fernando Vasques.
Após algumas reuniões, um núcleo formado por estes artistas da cidade decidiram por realizar a Virada e convidar a população para participar e refletir sobre a liberdade de expressão, a ocupação dos espaços públicos e a criação de diálogos democráticos. “A ideia é alertar as pessoas sobre o fato de que para que esse tipo de vivência possa continuar acontecendo, é preciso que todos nós cuidemos da manutenção da democracia, privilegiando o encontro de ideias e pessoas de uma forma convidativa, poética e festiva, ao invés de ataques, ofensas e atitudes violentas”, frisa Luiza.
No meio artístico são muitas as manifestações atuais contra uma ascensão de discursos de ódio, opressão e ameaças a minorias, às expressões de arte e cultura. O receio é de que um novo governo possa promover ainda mais cortes em áreas fundamentais para o fomento destes trabalhadores. “Arte e cultura não combinam em nada com regimes totalitários. A gente ouve algumas pessoas defendendo a volta da ditadura militar nas ruas, mais do que isso, vemos a apologia à tortura ou eufemismos em relação a este período sombrio sendo proferidos em rede nacional, inclusive dentro da própria máquina pública. A cultura e a arte têm o papel histórico de questionar a ordem vigente. Isso se faz necessário para que a mudança esteja sempre no horizonte, para que a gente não perca a humanidade e o senso de justiça. É preciso ter sensibilidade para enxergar o outro, para criar empatia, e é isso que a arte nos proporciona”, completa Luiza.
Confira a programação da Virada da Democracia de Botucatu
Dia 27 de outubro, sábado, na Praça do Bosque – Centro de Botucatu