Casos de dengue aumentam 76% nos primeiros meses do ano
O município ainda possui 64 pessoas com suspeitas de dengue
por Flávio Fogueral
Até o início desta semana Botucatu possui 23 casos confirmados de dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti. O número consta no levantamento da Vigilância Ambiental em Saúde (VAS), que mostra que somente nos dois primeiros meses do ano ainda contabiliza dez pessoas com a doença de forma autóctone, ou seja, contraída no próprio município.
O município ainda possui 64 pessoas com suspeitas de dengue. Desse total, o Distrito de Vitoriana é o que concentra o maior número incidência, com três casos confirmados. Como forma de controle e prevenção a possíveis aumentos de casos, a VAS intensificou ações de combate ao mosquito em regiões com a prevalência da doença.
A doença, transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti (que também é vetor do Zika e da Chikungunya) teve 99 casos em 2019, sendo 55 autóctones e 44 importados. Somente no período compreendido de 1º de janeiro a 9 de março foram 13 casos confirmados, com dois autóctones e onze importados. Isso representa aumento de 76% em relação ao acumulado nos primeiros meses de 2020.
Tais números fizeram o Poder Público adotar medidas de maior rigor na fiscalização de imóveis e terrenos. Segundo Valdinei Campanucci, coordenador da VAS, somente nos dois primeiros meses deste ano foram aplicadas 155 orientações educativas aos proprietários, resultado em 6 multas. No mesmo período de 2019 ocorreram 108 educações educativas, com duas multas registradas. As penalidades se devem a decreto emitido pelo prefeito que obriga a limpeza de terrenos e imóveis em condições favoráveis ao mosquito.
Os dados registrados pela VAS, porém, são inferiores se comparados ao surto da doença ocorrido em 2015, quando foram 663 casos no município. Mesmo assim, o serviço municipal prossegue com campanhas de conscientização, educação em residências, fiscalização e posterior aplicação de materiais para eliminação do Aedes Aegypti.
Campanucci salienta que alguns fatores explicam o aumento, como a sazonalidade da doença e que alguns fatores ambientais podem facilitar a proliferação do Aedes. Mesmo assim, a VAS mantém um cronograma de monitoramento e posterior ação como operações de recolhimento de lixo e entulho, bem como nebulização. “Esse trabalho de combate ao mosquito não para e prossegue durante todo o ano. Objetivo inicial é orientar a população quanto a forma que o mosquito pode se proliferar e como isso afeta a saúde pública. É essencial a conscientização das pessoas quanto ao risco de não se promover a limpeza dos imóveis ou da região onde se vive”, salientou.
Para esta semana estão previstas nebulizações em partes do Jardim Continental (dia 10), Vila Real (dia 11), Cohab 3 (dia 12) e Parque 24 de maio (dia 13).