Cai o consumo de tabaco, mas aumenta o de bebida alcoólica

Em 2019, 26,4% da população com 18 anos ou mais costumavam consumir bebida alcoólica

Da Redação

O tabagismo está em declínio no Brasil, mas o consumo de álcool vem crescendo, sobretudo entre as mulheres. É o que revela a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019 em seu 4º volume, sobre a Percepção do estado de saúde, estilos de vida, doenças crônicas e saúde bucal. O levantamento também inclui dados sobre hábitos alimentares, atividade física, diabetes e depressão, e foi realizado em convênio com o Ministério da Saúde.

Em 2019, entre a população com 18 anos ou mais de idade, a prevalência de usuários de produtos derivados de tabaco, fumado ou não fumado, de uso diário ou ocasional foi de 12,8% (20,4 milhões de pessoas), contra 14,9% em 2013.

Em 2019, 26,4% da população com 18 anos ou mais costumavam consumir bebida alcoólica uma vez ou mais por semana, o que representa aumento de 2,5 pontos percentuais em relação a 2013, quando esse percentual foi de 23,9%.

Em 2019, a proporção de homens que tinham o hábito de consumir bebida alcoólica ao menos uma vez por semana era de 37,1%, superior ao observado entre as mulheres (17,0%). A proporção de mulheres que consumiam bebida alcoólica uma vez ou mais por semana cresceu 4,1 pontos percentuais frente a 2013 (12,9%), enquanto o percentual dos homens ficou praticamente estável (36,3%).

7,2 milhões de pessoas dirigiram depois de beber, em 2019

Entre as pessoas que dirigiam carro ou motocicleta, a PNS estimou a proporção de indivíduos que dirigiram após o consumo de bebida alcoólica. Este percentual, para o Brasil, foi de 17,0%, o equivalente a 7,2 milhões de pessoas. Essas taxas foram maiores entre homens (20,5%) do que entre as mulheres (7,8%).

Regionalmente, a proporção variou de 14,8% no Sul e no Sudeste a 23,4% no Norte. O ato de dirigir carro ou motocicleta após ingerir bebidas alcoólicas foi mais frequente na área rural (22,5%) do que na urbana (16,2%). Entre os grupos etários, esse hábito foi mais prevalente entre os condutores com entre 25 e 39 anos de idade (21,2%), e a menor proporção foi a dos idosos (60 anos ou mais de idade, 11,0%).

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