Conselho de Ética da Alesp vota por admitir processo contra Fernando Cury

Cury apresentou, em 8 de fevereiro, sua defesa prévia ao Conselho

Da Redação

O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aceitou, por unanimidade, a denúncia de assédio sexual contra o deputado Fernando Cury (Cidadania), cometido em cima da deputada Isa Penna (PSOL). A votação, realizada na manhã desta quarta-feira, 10 de fevereiro, estabelece o prosseguimento da apuração das acusações após atos que caracterizariam o assédio durante sessão da assembleia

Cury apresentou, em 8 de fevereiro, sua defesa prévia ao Conselho. Segundo o parlamentar, o ato foi “um rápido e superficial abraço”. A defesa alega que o parlamentar não tem histórico de machismo e desrespeito às  mulheres. Pediu, ainda, a suspeição de deputados do PSOL, alegando parcialidade. Este pedido foi negado pelo conselho, também por unanimidade.

Além do processo na Alesp, Cury responde à investigação no Ministério Público de São Paulo por importunação sexual e dentro de seu partido, o Cidadania. Fernando Cury, que está em seu segundo mandato como deputado estadual, pode ter o mandato cassado, em caso de condenação.

O caso ocorreu em 17 de dezembro, quando a Alesp realizava sessão extraordinária que analisaria o orçamento paulista para 2021. Durante a reunião, a deputada do PSOL conversava com o presidente da Alesp, Cauê Macris, quando Fernando Cury se aproximou por trás, vindo a colocar e manter as mãos na lateral da parlamentar, na altura dos seios. O ato foi gravado pelas câmeras instaladas no plenário que faziam a transmissão ao vivo, na madrugada de quinta-feira, 17 de dezembro.

O ato foi repudiado imediatamente por Isa Penna, que subiu horas depois à tribuna da Alesp para denunciar o caso. Na sequência, Cury também aproveitou o espaço para se desculpar pelo ato e que dizer que não tinha intenção do ocorrido. Mesmo assim, a repercussão levou à denúncia, causando repercussão nacional. A Câmara dos Deputados aprovou moção de apoio à parlamentar e o Cidadania, partido do deputado, instaurou procedimento em seu Conselho de Ética, suspendendo o botucatuense de qualquer atividade dentro da legenda. Há a possibilidade de expulsão do Cidadania.

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