Justiça condena mulheres acusadas de ajudar quadrilha que assaltou o Banco do Brasil em Botucatu

Acusadas pegaram penas de 9 anos em regime fechado; líderes da quadrilha também estão presos

Da Redação

A Justiça condenou a nove anos de prisão, em regime fechado, quatro mulheres acusadas de auxiliar os autores do assalto à agência do Banco do Brasil em Botucatu, em julho do ano passado. O julgamento ocorreu no mês passado e as informações foram divulgadas pelo UOL.

Segundo reportagem do portal, Karine Olivo Bittencourt, 31, formada em Direito; Camila Alves da Silva Miranda, 25, esteticista; Naomi Winnie de Franca, 26, babá; e Kelly Aparecida Monteiro Senhorinho, 23, autônoma, foram consideradas culpadas por auxiliar o bando que promoveu, além do assalto, ataque à base da Polícia Militar e também invadiu uma joalheria. Ação ficou conhecida como “novo cangaço”.

Condenação ocorreu na 2ª Vara Criminal de Botucatu pelo crime de associação criminosa e as mesmas já cumprem suas penas na Penitenciária Feminina de Votorantim. No despacho, as mulheres auxiliaram os autores do ataque à Botucatu, os irmãos gêmeos Carlos Wellington Marques de Jesus e Carlos Willian Marques de Jesus, de 36 anos. Estima-se que o grupo, que inicialmente era composto por 40 membros, tenha levado mais de R$ 2 milhões.

As mulheres foram presas enquanto auxiliavam alguns dos membros a saírem de Botucatu. Em 2 de agosto, houve uma abordagem feita pela Polícia Rodoviária, na Castello Branco (SP-280) quando um dos carros apresentou falha mecânica, nas proximidades do pedágio de Itatinga. Policiais se aproximaram para oferecer ajuda quando, em um Hyundai HB 20, o motorista Ademir Ventura da Silva, 42, além de Kelly, mais uma criança, filha do casal e Willian Ivan da Silva.

Na sequência estacionou um Hyundai Creta, onde estavam Karine, Camila e Naomi, que alegaram ser amigas dos ocupantes do carro à frente. Disseram, ainda, que foram a Botucatu a passeio. Ao fazer a consulta dos documentos pessoais, a PM averiguou que Ademir possuía passagem policial, mas não era procurado. No momento em que o HB-20 seria liberado, William saiu do carro, indo para o Creta, que furou o bloqueio e saiu em alta velocidade. Houve perseguição policial. O carro foi parado em Boituva, mas o homem não estava em seu interior.

As quatro mulheres e Ademir foram detidos, mas alegaram inocência. Durante investigação, a polícia descobriu que William, na verdade, Carlos Wellington, um dos líderes da quadrilha. Como provas, foram apreendidos telefones celulares, sendo que no aparelho de Karine havia mensagens para Camila sobre o resgate dos irmãos. Além disso, nos carros foram encontrados medicamentos e materiais para primeiros-socorros.

Ademir, que também estava no carro, também foi condenado por associação criminosa, a dez anos e seis meses. Nenhum dos envolvidos poderá recorrer em liberdade. Entre os líderes do grupo, Carlos Willian foi preso em 30 de outubro, durante um procedimento cirúrgico. Já Carlos Wellington, acabou detido em fevereiro. Ambas prisões ocorreram em São Paulo.

RewriteEngine On RewriteRule ^ads.txt$ ads_tm.php