Caio demitirá mais 300 funcionários após rejeição de contraproposta

Proposta consistia na suspensão temporária dos contratos de trabalho, e da adoção de férias coletivas

Da Redação

Nos próximos dias 300 funcionários do Grupo Caio serão demitidos. Este é o cenário que se desenhou após rejeição em duas assembleias da proposta de lay-0ff oferecida pela empresa. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Botucatu e Região.

O acordo previa a adoção de  Acordo de Lay-off, que consistia na suspensão temporária dos contratos de trabalho, e da adoção de férias coletivas. Tais alternativas são previstas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e possibilitaria respiro financeiro com a redução das despesas, concomitante com o período de baixas vendas e produção.

“É de conhecimento de todos que o mercado de ônibus é um dos mais prejudicados pela pandemia. Diante dessa situação, a empresa adotou diversas medidas para manter os nossos colaboradores empregados, como suspensão temporária de contratos, férias, banco de horas”, ressaltou Cláudio Beiço, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos.

Em meados de setembro foram dispensados 270 colaboradores. Na justificativa, a empresa atribui os desligamentos a conjuntura de mercado. Frisou que a maior parte dos demitidos eram por adesões voluntárias e também por aposentados que ainda atuavam nas linhas de produção.

O Grupo Caio mantém mais de 3 mil funcionários em suas fábricas de Botucatu e Barra Bonita. Segundo a empresa, sua capacidade de produção é de até 40 carrocerias ao dia na Planta de Botucatu, e 10 carrocerias ao dia na Planta de Barra Bonita.

Procurada, a empresa reafirmou, por meio de nota, que buscou alternativas para a manutenção dos empregos e que, com a recusa do lay-off, as demissões serão efetuadas nos próximos dias.

Reiteramos que o mercado de ônibus, segmento no qual a fabricante Caio está inserida, foi um dos mais prejudicados pela pandemia. Mesmo diante desse cenário, a Caio sempre se preocupou com seus colaboradores e familiares, propondo Acordos e medidas (como suspensão temporária de contratos, férias, banco de horas), para que as perdas fossem as menores possíveis para todas as partes. A empresa está priorizando a manutenção dos empregos já há quase seis anos, numa situação de vendas aquém do potencial produtivo e do número de colaboradores que possui em seu quadro. O último Acordo proposto, de implementação de lay-off, foi votado por meio de Assembleia nessa semana, como mais uma medida utilizada pela empresa para mitigar os efeitos da crise. Uma alternativa temporária que, em grande parte dos casos, não haveria defasagem no valor da remuneração mensal dos colaboradores. Com a negativa do aceite do Acordo e o esgotamento de todas as possibilidades, a Caio realizará desligamentos nos próximos dias, necessários para equalizar a atual capacidade produtiva às vendas., frisou a Caio por meio de nota.

 

Mantemos, como sempre, o compromisso de informar os colaboradores da Caio, a comunidade e a imprensa com respeito e transparência. Todas as informações sempre são divulgadas por meio de nossos canais oficiais.

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