Velocidade e latência: as principais diferenças entre as tecnologias 4G e 5G
A 5ª geração de redes móveis permite que mais dispositivos sejam usados na mesma área geográfica
Da Redação
Embora as redes 4G ainda não tenham cobertura global completa, a tecnologia 5G já está avançando significativamente. Isso porque as primeiras antenas com sinal 5G foram instaladas em vários países e estão prontas para dar início a uma uma nova rede de alta velocidade que possibilitarão inúmeros avanços para a sociedade.
Enquanto que as redes 4G foram idealizadas principalmente para smartphones, as redes 5G foram projetadas para um uso muito mais flexível, substituindo a necessidade de muitas redes para fins especiais. Mas, na prática, quais seriam as principais diferenças que separam ambas tecnologias nos quesitos velocidade e latência?
4G vs 5G: comparação de velocidade
Inevitavelmente, uma das maiores especificações utilizadas para diferenciar o 4G e o 5G é a velocidade. Enquanto que uma conexão 4G com excelente performance chega próximo de 100 Mbps em velocidade, o 5G, pode chegar à velocidade entre 1 e 10 Gbps — ou seja, isso representa uma diferença de 100 vezes ou mais em relação ao 4G.
Em 2019, o jornal estadunidense The Street Journal fez uma comparação interessante sobre a larga diferença de velocidade existente entre as gerações 3G, 4G e 5G ao baixar uma playlist de 60 minutos no aplicativo de músicas por streaming Spotify; veja abaixo os comparativos.
- Tempo de download no 3G: 7 minutos.
- Tempo de download no 4G: 20 segundos.
- Tempo de download no 5G: 0,6 segundos.
Além disso, a quinta geração de redes móveis permite que mais dispositivos sejam usados na mesma área geográfica. Atualmente, o 4G pode suportar cerca de 4.000 dispositivos por quilômetro quadrado, já o 5G pode suportar até um milhão de dispositivos no mesmo espaço e sem perder velocidade de conexão.
Portanto, em eventos esportivos ou em shows com milhares de pessoas, o público desses eventos não terá problema algum com estabilidade e velocidade de conexão ao postar vídeos ao vivo e fotos nas redes sociais via 5G, algo que acontecia nas gerações anteriores.
4G vs 5G: comparação de latência
Existe uma diferença relativamente pequena, mas importante, no que se diz respeito à velocidade e latência. De maneira exemplificada, velocidade é o tempo que é levado para baixar algum conteúdo na internet, enquanto que a latência é o tempo entre o envio de uma mensagem de texto para um dispositivo eletrônico e o momento em que o aparelho notifica que recebeu uma nova mensagem.
No 4G, a latência é considerada baixa, mas com o 5G ela é reduzida a praticamente zero. Vamos aos comparativos que compravam tal afirmativa: de acordo com testes de grandes operadoras pelo mundo, a latência do 4G varia de 60 ms a 98 ms, já na quinta geração de redes móveis ela fica abaixo de 1 ms.
Desta maneira, é consenso comum que a baixíssima latência do 5G propiciará um importante avanço em diversos setores da indústria, como por exemplo o setor dos jogos online. De acordo com a empresa sueca de tecnologia Ericsson, a indústria de jogos é de longe o maior setor de entretenimento, como receita total de US$ 180 bilhões em 2020, e será levada para outro patamar com os recursos do 5G.
Sendo assim, grandes serviços de jogos online como o PokerStars Casino, através de sua plataforma com dezenas de opções para entretenimento, e o Xbox Cloud Games, com mais de 100 títulos na nuvem, deverão ficar ainda mais estáveis com o aparato da baixa latência presente no 5G.
Qual a expectativa para a padronização do 5G no Brasil?
O Brasil é um dos países com maior número de habitantes com acesso à internet no mundo. Em 2020, uma pesquisa promovida pelo comitê Gestor da Internet do Brasil apontou que o país tem 152 milhões de pessoas conectadas na rede virtual. Além do mais, o estudo constatou que 81% dos habitantes brasileiros com mais de 10 anos têm internet em casa.
Apesar do Brasil ter uma taxa proporcional alta de habitantes com acesso à internet, o 5G ainda está um pouco longe de ser padronizado no país. Segundo o Annual Internet Report de 2020, da empresa de tecnologia Cisco, o Brasil deve chegar a 2023 com apenas 6% das conexões via 5G.
A boa notícia é que os testes da quinta geração de redes móveis começaram a ser realizados em 2020 pelas operadoras que operam no Brasil, nas principais capitais e em algumas cidades do interior.
Por fim, também vale destacar que recentemente a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) aprovou a versão final do edital de licitação do leilão do 5G no país, com data marcada para o leilão acontecer em 4 de novembro deste ano. O edital prevê a oferta de quatro faixas de frequência para prestação do serviço, que provavelmente iniciará em julho de 2022.