Vacinação em massa coloca Botucatu entre as 100 melhores cidades para se investir no Brasil

Levantamento contemplou 326 municípios com mais de 100 mil habitantes

Por Flávio Fogueral

A vacinação em massa e a recuperação das atividades econômicas colocaram Botucatu entre as 100 melhores cidades para se investir no Brasil em 2021, conforme reportagem publicada pela Revista Exame com base no estudo da Urban Systems. O levantamento, divulgado em 18 de novembro, contemplou 326 municípios com mais de 100 mil habitantes e abrangeu os principais segmentos econômicos como comercial, industrial, serviços, agropecuário, educação e mercado imobiliário.

Cada segmento possuia critérios que poderia chegar até a dez itens, totalizando 10 pontos no Índice de Qualidade Mercadológica (IQM). Dessa vez o estudo também avaliou o cenário marcado pela pandemia de Covid-19 após seu primeiro ano. A consultoria teve por base informações cruzando dados das Secretarias Estaduais da Saúde, além de órgãos oficiais de cada setor presente na avaliação.

Botucatu, que teve vacinação em massa que contemplou mais de 66 mil pessoas acima dos 18 anos, o que fez com que o índice de internações caiu em 97%. Ao todo, 18.604 botucatuenses foram infectados pela doença, com 321 mortes e 18.621 recuperados. A iniciativa fez com que o município retomasse sua economia antecipadamente.

O maior destaque da Cidade no ranking foi no Comércio, onde houve avanço de 34 posições, passando da 94ª a 60ª, em 2020 e 2021, respectivamente. O total obtido em pontuação 3,826. A análise apontou que, mesmo com as medidas restitivas impostas pela pandemia, mais de 40% dos melhores municípios estão no Estado de São Paulo, devido ao início antecipado das campanhas de vacinação e, com as imunizações em massa ocorridas tanto em Serrana quanto em Botucatu. Para este ponto passaram por análise onze indicadores como empregos no setor (há 8.413 moradores atuantes), remuneração e renda, estabelecimentos comerciais, crescimento populacional, banda larga de internet por habitante, benefícios sociais na pandemia; bem como índices de infectados, óbitos e vacinados.

Em serviços, Botucatu está na 12ª colocação, subindo duas posições em comparação com o ano anterior, obtendo nota 5,099. Para esta análise a consultoria utilizou como critérios saldo de empregos no setor de serviços (há 15.695 pessoas atuantes no segmento), remuneração, crescimento dos estabelecimentos, conectividade de internet de banda larga, infectados e recuperados pela Covid-19, óbitos na pandemia, quantidade de benefícios sociais como Auxílio Emergencial, empregabilidade, diversidade econômica e população vacinada.

Outro ponto analisado está diretamente relacionado com o crescimento urbano. O setor imobiliário colocou pela primeira vez Botucatu entre as 100 melhores para se investir, com a 39ª posição, obtendo nota 2,838. Para este ranqueamento nove indicadores passaram por análise, incluindo empresas no segmento, novos domicílios, empregos no setor, crescimento das empresas e financiamento.

Mais um avanço exponencial de Botucatu no ranking foi em Educação, onde passou de 85º lugar, em 2020, para a 41ª melhor cidade neste setor, obtendo a 3,395, após a análise de doze indicadores. Estavam na avaliação pontos como matrículas na Educação Básica, Ensino Médio e Superior; bem como a quantidade de escolas e instituições de ensino nos diferentes níveis. Outro fator pertinente envolveu a quantificação e qualidade dos profissionais, além dos índices da pandemia e seus impactos diretos na população.

Botucatu também teve evolução na agropecuária, subindo 36 posições, passando de 64º em 2020, para 28º na atual edição, com a nota 3,064. Para essa avaliação ocorreu a análise de oito fatores como emprego e renda, produtividade da lavoura, crescimento do rebanho pecuário, além das exportações.

Completando o setor de produção direta, a Cidade também aparece pela primeira vez ranqueada na indústria, com a 65ª colocação (nota 4,973). Foram dez indicadores que influenciaram nas notas obtidas como empregos e renda no setor, quantidade de empresas, exportações, distâncias de portos e aeroportos, rede rodoviária, além de paralisações no fornecimento de água e energia elétrica. Também pesaram questões diretas com a pandemia de Covid-19.