Chuvas de verão, o perigo de visitar rios e cachoeiras

A “Cabeça d’água” é uma cheia repentina no leito dos rios, causada por uma forte chuva em um local mas acima

Por Patrícia Shimabuku*

Vai se divertir em um rio ou cachoeira? Conheça um perigo constante, principalmente no verão. O risco de “cabeça d’água”, conhecida erroneamente como “tromba d’água” torna-se frequente com as “chuvas de verão”.

A “Cabeça d’água” é uma cheia repentina no leito dos rios, causada por uma forte chuva em um local mas acima. São fortes corredeiras que arrastam tudo o que encontram pela frente. A “Cabeça d’água” é um fenômeno natural que ocorre em alguns rios.

Poderá estar ensolarado onde você estiver se divertindo com sua família e amigos, contudo, se mais acima do rio estiver chovendo, o nível das águas sobe vários metros em poucos segundos como se fosse um “tsunami”.

Para evitar acidentes e para sua segurança será necessário afastar-se das margens do rio, indo para locais mais altos. A “cabeça d’água” costuma dar sinais de alerta como o aparecimento de grande quantidade de folhas, galhos ou terra na água (mudança de cor, ficando mais barrosa) ou, ainda, um aumento rápido e crescente do volume e força da correnteza e afugentamento de pássaros. Como cada cachoeira tem suas características, os sinais de alerta poderão surgir de acordo com o local.

Ao combinar um banho em cachoeira é importante verificar a previsão do tempo para o dia. Não visite locais com rios e cachoeiras quando houver ameaça de chuva. As chuvas nos dias anteriores não poderão ser ignoradas, pois o aumento no volume das águas movimentou o fundo dos rios, deslocando pedras e galhos, que poderão ocasionar acidentes.

Divirta-se com responsabilidade, preserve sua vida e o meio ambiente (recolha sempre o seu lixo).

Algumas recomendações importantes para banhos em cachoeiras e córregos encachoeirados

  • O mergulho é altamente perigoso em cachoeiras, córregos e rios.
  • Muito cuidado com as pedras, o fato delas estarem secas não quer dizer que não estão escorregadias e algumas poderão estar soltas.
  • Verifique se o local é apropriado para levar crianças, gestantes, idosos ou pessoas com mobilidade reduzida.
  • Use sapatos que proporcionam firmeza aos pés, evite chinelos ou rasteirinhas.
  • Utilize mochila ou pochete, procure deixar as mãos livres.
  • Nas áreas mais difíceis de atravessar, não arrisque pulos, se possível, caminhe utilizando as mãos (“andar de quatro” garante a passagem segura. Antes de dar um passo, teste se está seguro antes de colocar o “seu peso” todo sobre o apoio).
  • Cuidado e avalie o uso de raízes, galhos, cipós, arbustos e pedras como apoio para locomoção.
  • Cuidado ao atravessar uma corredeira, as pedras submersas são extremamente escorregadias e pontiagudas.
  • Não consuma bebidas alcoólicas e entorpecentes durante o banho em cachoeiras.
  • Não participe ou promova brincadeiras de empurrar ou dar tombos em colegas.
  • Não simule situações de afogamento.
  • Observe atentamente o local, verifique a presença de cobras, serpentes, abelhas, vespas lagartas e formigas.
  • Não fique próximo da cabeceira de cachoeiras (o topo delas)
  • Se possível, vá com um guia de turismo e sempre avise alguém sobre qual será o seu destino.

*Patricia Shimabuku é farmacêutica industrial, professora e ativista socioambiental do @compatybilidades

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