Botucatuenses escapam de tragédia em Capitólio

Grupo de quatro pessoas estavam desde sexta-feira, 7, na região mineira e vivenciou a queda de pedra

Da Redação

Uma família de Botucatu, que aproveitava alguns dias de férias, testemunhou e escapou da tragédia que vitimou dez pessoas no sábado, 8 de janeiro, em Capitólio (MG).

A advogada Graziela Mariana Regolin, 40, junto do filho Pedro Henrique Regolin, 14, do irmão Wendel Augusto Regolin, 46 e da cunhada Selma Gomes da Rocha, faziam o passeio em uma das lanchas que estavam no lago de Furnas, onde um dos pedaços de rocha se desprendeu, vindo a acertar três embarcações. O fato ocorreu por volta das 12h30.

Segundo Graziela, não chovia na hora do indicente, mas o tempo estava instável. Conforme disse ao Notícias, a lancha onde estavam encontrava-se em uma distância segura da rocha. Não chegaram a ver a queda, mas um grande estrondo foi perceptível nos momentos seguintes.

“A nossa lancha estava na espera ainda, não precisou sair em disparada como as demais. Quando vimos elas, já saímos também. Mas para nós foi mais calmo pois estávamos mais longe, na entrada no cânion. Não dava para vê-los. Logo chegou a Marinha e separou todo mundo, impedindo da aproximação”, relatou.

Entrada do canion onde houve a queda da pedra- à direita- em fotografia feita na sexta-feira, 7. Família de Botucatu (foto acima) estava em férias quando escapou do acidente.

Conforme explicou, por causa das formações rochosas, as lanchas se posicionam para entrar cinco embarcações nos canions por vez. Não viram a queda da pedra, apenas ouviram os gritos das pessoas em outras lanchas.

“A lancha onde estávamos encontrava-se na fila para entrar. Ouvimos o povo das outras embarcações gritando. Estamos bem abalados, meu filho, principalmente, não dormiu a noite toda. As pessoas aqui estão todas muito tristes, a cidade está um deserto”, continua.

Quanto as lanchas e as vítimas atingidas pela rocha, Graziela ressalta que não os conhecia pessoalmente, mas iniciaram o passeio saindo do mesmo barracão. Durante o percurso se encontravam e brincavam com as pessoas.

“Sempre nos cruzavamos e ficávamos brincando um com o outro por causa das músicas. Só saímos do mesmo barracão e brincávamos nas lanchas”, disse a advogada.

Lanchas que foram atingidas pelo desprendimento de uma rocha no Capitólio, em imagem feita por Graziela. A com cobertura preta teve vítimas fatais (Imagem: arquivo pessoal)

Ela frisa que familiares instantaneamente tentaram contato após a divulgação oficial pela imprensa, mas que devido aos trabalhos das equipes de resgate e instabilidade de sinal de telefone, conseguiu falar com os conhecidos horas depois. Todos da família não sofreram ferimentos e devem regressar ainda neste domingo, 9, a Botucatu.

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