Alckmin assina filiação ao PSB e caminha para ser vice de Lula
Político indicou que deverá mesmo ocupar o lugar de vice na chapa encabeçada pelo ex-presidente Lula
Da Rede Brasil Atual
Em evento realizado nesta quarta-feira (23), em Brasília, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin filiou-se ao PSB e indicou que deverá mesmo ocupar o lugar de vice na chapa encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para disputar o Palácio do Planalto nas eleições deste ano. “Temos que ter os olhos abertos para enxergar, a humildade para entender que ele (Lula) é hoje o que melhor interpreta o sentimento de esperança do povo. Ele representa a própria democracia porque ele é fruto da democracia”, disse Alckmin.
“A social-democracia e o socialismo quando nasceram, há alguns séculos, estiveram nos princípios das lutas trabalhistas e sociais. Alguns podem estranhar. Eu disputei com o presidente Lula a eleição em 2006, fomos para o segundo turno, mas nunca colocamos em risco a questão democrática. O debate era de outro nível. Nunca se questionou a democracia”, continuou, em referência indireta a Jair Bolsonaro, cujo governo representa a maior ameaça ao regime democrático desde a ditadura (1964-1985).
“A primeira tarefa nossa é combater a mentira, porque é o que há de pior para o regime democrático. Aqueles que criticam, desconfiam, agem de maneira displicente ao resultado das eleições estão ofendendo a democracia. Os que ameaçam o parlamento estão ameaçando a democracia. Os que agridem o Supremo Tribunal Federal estão agredindo a democracia”, acrescentou. O ex-tucano classificou o quadro do país como “um desses novos momentos graves da vida nacional”, dentro do qual “dois pesadelos que assombram o país: violência e miséria”.
Em tom pacificador, citou o premiê Winston Churchill, para dizer – em mais uma alusão à aliança com Lula – que o líder britânico na Segunda Guerra dizia “que quando nós aprofundamos a rixa entre o presente e o passado nós nos esquecemos o futuro”. Alckmin lembrou ainda o presidente da Assembleia Nacional Constituinte Ulysses Guimarães, que promulgou a atual Constituição: “na última viagem que fez com Juscelino Kubitschek (Ulysses) perorava entusiasmado: ‘a política é a esperança’”.

