Demolição de palacete da Floriano Peixoto deve ser suspensa
Prédio construído na década de 1920 é um dos últimos no estilo palacete de Botucatu
Da Redação
Após mobilização de populares e de um grupo de arquitetos e urbanistas de Botucatu, o prefeito Mário Pardini (PSDB), decidiu revogar a autorização para que o palacete da Avenida Floriano Peixoto fosse demolido.
O prédio, construído na década de 1920, foi residência da família Blasi e também do arquiteto Eugênio Monteferrante Neto, um dos mais renomados profissionais do país. Possui concepção arquitetônica classificaxa como “palacete” que somente mais um edifício de Botucatu foi construído, localizado na Rua General Telles.
Segundo informação do grupo, o prefeito enviou um áudio a seus membros, onde se comprometeu a “atuar para que a construção seja preservada”. Isso inclui a suspensão do processo de retirada de estruturas internas e externas do prédio, que teve início no feriado de 14 de abril, aniversário de Botucatu. Janelas, adornos e afrescos foram retirados do local, que já possui tapumes.
No áudio encaminhado ao grupo, o prefeito disse que solicitou o alvará que autorizaria a demolição para a empresa responsável pelos trabalhos. Caso o documento seja apresentado, ressaltou o gestor, o mesmo será revogado.
Isso representa que nenhuma intervenção pode ser feita no espaço sem a autorização do Poder Público. Há informações que um grupo empresarial adquiriu o espaço e tem a pretensão de instalar um depósito de gás na área, que concentra alto fluxo de pessoas em igrejas, supermercados, Poupatempo, além de ficar em frente a um posto de combustíveis.
Além da ação do prefeito, o grupo também protocolou ação no Ministério Público para que o processo de tombamento do prédio seja agilizado.