Laboratório da Unesp de Botucatu é reconhecido por atuação na pandemia da Covid-19
Criação da rede de diagnóstico foi determinante para a organização do atendimento aos pacientes de Covid-19
Da Redação 
Em abril de 2020, pouco mais de um mês após a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarar a pandemia de Covid-19, o Governo do Estado de São Paulo lançou uma plataforma de laboratórios para acelerar o diagnóstico do novo coronavírus.
Além de detectar a doença, a nova rede surgia com a responsabilidade de proceder avaliações técnicas para aquisição de insumos, avaliar a relação custo versus efetividade dos insumos e testes disponíveis no mercado, providenciar a distribuição de insumos e testes, de acordo com a situação epidemiológica e definir protocolos de trabalho, (fluxos), para o sequenciamento genético e investigação do perfil do vírus no território nacional.
As primeiras unidades a integrarem essa plataforma multicêntrica foram o Instituto Adolfo Lutz (central e regionais), Instituto Butantan, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, Hemocentro de Ribeirão Preto, Laboratório de Análises Clínicas e Patologia do Hospital das Clínicas da Unicamp e o Laboratório de Biologia Molecular do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu.
A criação dessa rede de diagnóstico, coordenada pelo Instituto Butantan, foi determinante para a organização de todo o fluxo de atendimento aos pacientes de Covid-19, sobretudo nos períodos mais críticos da pandemia, a partir do surgimento de variantes do coronavirus. Para marcar a participação do Laboratório de Biologia Molecular do HCFMB no enfrentamento de uma das mais desafiadoras crises sanitárias do Brasil e do mundo, o Instituto Butantan confeccionou uma placa em reconhecimento ao trabalho dos pesquisadores e técnicos da unidade.

Coordenadora do laboratório, a Profa. Dra. Rejane Maria Tommasini Grotto, destaca que nos momentos mais críticos da pandemia, a unidade não se limitou a realizar os diagnósticos para os municípios da região e auxiliou o estado a agilizar a identificação de novos casos. “Esse reconhecimento é muito importante. Integramos a plataforma e estamos entre os laboratórios que além de serem credenciados para fazer diagnóstico atuaram no sequenciamento e todas as outras vertentes que envolvem a pandemia. Isso faz com que estejamos preparados para outras emergências de saúde pública que possam vir a ocorrer”.
A diretora da FMB, Professora Maria Cristina Pereira Lima, classifica como exemplar o trabalho do laboratório durante a pandemia. “Ele concretiza aquilo que temos de melhor no tocante as parcerias dos serviços que integram o Sistema Único de Saúde, como o Hospital das Clínicas, com a pesquisa, o ensino, a inovação e essa equipe fantástica que o laboratório tem. Todo esse conjunto faz com que a gente tenha conseguido avançar nessa pandemia. Espero que não venham outras, mas se vierem, estaremos preparados”, declara.
Para o superintendente do HCFMB, Prof. Dr. André Luis Balbi, a competência e o comprometimento da equipe liderada pela Professora Rejane foram determinantes para que o hospital se consolidasse como uma referência no tratamento aos pacientes da Covid-19. “É reconhecimento de que existiu um trabalho ímpar, de uma equipe grande, dedicada, importante para todos nós. O HC deu mais um passo para sua evolução, graças ao trabalho desse grupo, muito comprometido. Com certeza, novos passos virão pela frente”, prevê.

