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Unesp de Botucatu apura caso de racismo em festa de estudantes

Caso ocorreu no final de semana em uma república de estudantes

Da Redação

O Instituto de Biociências de Botucatu (IBB), unidade da Unesp de Botucatu, apura caso de racismo durante uma festa de integração entre universitários. O caso ocorreu no final de semana em uma república de estudantes.

Segundo informações obtidas pelo Notícias, calouros foram obrigados a pintar a cara de preto, caracterização do chamado “blackface“, quando há caracterização exagerada da etnia africana com o uso de esterótipos. Os vídeos circularam, inclusive, por meio de aplicativos de mensagens e postadas em redes sociais. A direção da unidade salienta que já tem posse de imagens de vídeo e outros documentos do ocorrido e que já está em fase de identificação dos estudantes envolvidos.

“Essa comissão de apuração, além de averiguar os fatos e dar o direito do contraditório a todos os envolvidos, deve enviar às comunidades universitárias as devidas punições se for o caso. Igualmente, essa comissão vai nos ajudar a definir os elementos legais que permitem proceder com denúncias junto às autoridades policiais no momento oportuno”, salienta a direção por meio de nota oficial.

Entre as possíveis punições estão suspensão e até a expulsão dos envolvidos. A própria instituição ressalta dispor de canais para denúncias por meio da ouvidoria e outros órgãos relativos. No Brasil, o crime de injúria racial é  ofender alguém com base em sua raça, cor, etnia, religião, idade ou deficiência. Já o racismo constitui-se em conduta discriminatória dirigida a um determinado grupo ou coletividade e, geralmente, refere-se a crimes mais amplos.

Ambos os crimes possuem punições como prisão de um a três anos e multa, além da pena correspondente à violência, no caso de injúria. Por sua vez, o crime de racismo é inafiançável e imprescritível, também com penas de prisão.

Leia a nota oficial emitida pela direção do IBB

O câmpus de Botucatu manifesta seu completo repúdio às eventuais ações de racismo e qualquer outro tipo de violência que tenha ocorrido nas queixas apresentadas na ouvidoria da Unesp, relacionadas a atividades de trote realizadas recentemente. As imagens e denúncias já estão em posse de uma comissão de apuração, a qual também já constitui um conjunto de estratégias para identificar os envolvidos, inclusive aqueles que no momento do ocorrido estavam nas redes sociais veiculando as imagens e a própria festa.
Essa comissão de apuração, além de averiguar os fatos e dar o direito do contraditório a todos os envolvidos, deve enviar às comunidades universitárias as devidas punições se for o caso. Igualmente, essa comissão vai nos ajudar a definir os elementos legais que permitem proceder com denúncias junto às autoridades policiais no momento oportuno.
Além de proibir, a partir de uma lei, o trote dentro e fora do câmpus, o Instituto de Biociências da Unesp de Botucatu (IBB), enquanto câmpus de Botucatu, conta um canal de denúncia, não apenas da ouvidoria, mas vinculada a essa comissão de apuração, que segue à disposição para receber notificações daqueles que eventualmente se sentirem violentados nesta ação, em específico, ou em qualquer outra situação.
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