Pipas geraram mais de 100 quedas de energia em Botucatu

No último ano, em 2022, os casos cresceram 14% em relação ao primeiro, chegando a 9.298

Da Redação

Com o relaxamento das medidas restritivas mais severas, em função da pandemia, e a retomada das atividades, cresceu não só o número de crianças e adolescentes brincando nas ruas, mas o de ocorrências causadas por pipas na rede elétrica. Um levantamento realizado pela CPFL Energia em suas quatro distribuidoras (CPFL Paulista, CPFL Piratininga, CPFL Santa Cruz e RGE) aponta que 2022 apresentou número recorde de ocorrências.

Em 2020, primeiro ano de pandemia e com menor número de pessoas nas ruas, a brincadeira foi responsável por 8.133 ocorrências de quedas de energia elétrica. Em 2021, quando ainda se falava em isolamento social, as ocorrências foram responsáveis por 8.654 casos. No último ano, em 2022, os casos cresceram 14% em relação ao primeiro, chegando a 9.298.

Região de Bauru

Em Bauru e outras 42 cidades da região, o estudo apontou 803 ocorrências em 2022 e a cidade lidera a lista das dez com mais casos de ocorrências por pipas (172 casos), seguida por Botucatu (101) e Jaú (99).

Confira as dez cidades com mais casos de pipas na rede elétrica na região de Bauru:

Os desligamentos e os acidentes causados pelas pipas podem ser evitados com alguns cuidados simples, indicados pela campanha Guardião da Vida. É importante escolher um local longe da fiação elétrica, como campos abertos e parques, fugindo do entorno de rodovias ou das avenidas de intenso movimento, onde também podem acontecer atropelamentos.

É importante, também, não tentar resgatar uma pipa enroscada na rede elétrica e em subestações, pois além de provocar desligamentos no fornecimento de energia pode causar acidentes, com vítimas fatais.

Além disso, vale destacar que no Estado de São Paulo é crime utilizar cerol ou a chamada “linha chilena”, de acordo com a lei estadual nº 12.192, de 2006. Por conduzirem eletricidade, em contato com a rede elétrica, aumentam o risco de choques e descargas elétricas aumenta, além de oferecerem o risco de rompimento de cabos da rede e provocar curtos-circuitos.

Confira oito dicas básicas para uma brincadeira mais segura:

  • Empine pipas longe de rede elétrica, em locais onde não exista nenhum tipo de cabo de energia;
  • Dê preferência a espaços abertos como praças, parques e campos de futebol para usar o brinquedo;
  • Evite também soltar pipas em canteiros centrais de ruas, avenidas ou rodovias, locais onde existe fluxo de veículos;
  • Nunca use cerol ou a linha “chilena”, eles são proibidos por lei no Estado de São Paulo (Lei Estadual – Nº 12.192, de 2006);
  • Evite as pipas com “rabiolas”, pois elas enroscam nos fios elétricos, desligando o sistema, podendo provocar choques, muitas vezes fatais;
  • Não utilizar papel alumínio na confecção da pipa, pois é perigoso, este material é condutor e pode provocar curtos-circuitos;
  • Caso a pipa enrosque nos fios, não tente soltá-la, o melhor é desistir do brinquedo; Vale reforçar para nunca tentar resgatar ou remover uma pipa de fios ou em subestações e NUNCA utilize bambus para tentar isso. Não solte pipas em dias de chuva, com incidência de descargas atmosféricas (raios). Ela funciona como para-raios, conduzindo energia;
  • Não se deve subir nas lajes das casas para empinar a pipa. Nesse caso, além de se aproximar da rede elétrica, qualquer distração pode causar uma queda.
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