Uma das principais formas de contágio das doenças respiratórias é pelas mãos
Da Redação
O outono começou com a expectativa de temperaturas mais amenas, mas também com a preocupação pelo aumento da incidência de doenças respiratórias. Nesta época do ano, a procura por atendimento médico, por problemas de natureza alérgica ou infecciosa, é maior e atinge de crianças a idosos.
A professora do curso técnico de Enfermagem da Escola Técnica Estadual (Etec) Parque da Juventude, Eliseth Moreira, explica que as infecções respiratórias têm esse aumento sazonal porque as temperaturas mais baixas e o clima mais seco acabam favorecendo a persistência de gotículas no ar por mais tempo. “No outono, temos maior incidência de resfriados, gripes, crises de asma, bronquite, sinusite e pneumonia.”
Segundo Eliseth, as pessoas mais velhas sofrem mais devido ao envelhecimento dos tecidos do corpo, que vão perdendo elasticidade. Esse processo também atinge os pulmões, o que favorece as doenças respiratórias.
A prevenção para pessoas acima de 60 anos é feita a partir da adoção de hábitos saudáveis. Alguns deles são:
- Para evitar a inalação de ácaros, é importante que os cobertores e casacos de inverno, que ficam por muito tempo guardados, sejam lavados e expostos ao sol antes do uso;
- Hidratar-se adequadamente e manter boa alimentação;
- Monitorar e manter sob controle doenças de base como diabetes, hipertensão arterial, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), asma e bronquite;
- Manter uma rotina de exercícios, executados com a respiração adequada;
- Realizar exercícios respiratórios leves, como alongamentos e fortalecimento muscular. Ao envelhecer, os tecidos perdem colágeno, os músculos e cartilagens da caixa torácica têm sua mobilidade diminuída, reduzindo a capacidade inspiratória e expiratória;
- Manter os ambientes ventilados, pois quando fechados e com pouca circulação de ar, são mais propícios à proliferação de doenças e alergias respiratórias.
Prevenção
Uma das principais formas de contágio das doenças respiratórias é pelas mãos, já que, muitas vezes, tocamos em algo contaminado e levamos as mãos à boca, nariz ou olhos. “Por isso, é imprescindível higienizar as mãos constantemente, principalmente quando frequentar espaços públicos, como escolas, parques e transportes”, indica a professora.
Para as crianças, estimular a ingestão de água constantemente evita a queda da imunidade e dificulta o surgimento de infecções e doenças respiratórias. A hidratação é indispensável para prevenir doenças e garantir maior resistência.
Ao desenvolver algum sintoma gripal, os pacientes sem fatores de risco devem fazer hidratação oral e repouso domiciliar, sempre com orientação médica. “É importante também que a população saiba a importância de não se expor para não prejudicar outras pessoas que tenham doenças crônicas ou que estejam fazendo tratamento oncológico”, orienta Eliseth.