Vacina contra a gripe pode ser dada juntamente com outros imunizantes

O vírus sincicial respiratório está afetando muitas crianças atualmente

Da Redação

Ministério da Saúde iniciou a Campanha de Vacinação contra o vírus da Influenza, que deve durar até o dia 31 de maio. “Em relação à vacina da Influenza, nós tivemos uma queda importante durante a pandemia. Em 2022, nós tivemos só 70% da população imunizada, quando a meta era 90%, então ficou bem abaixo do esperado“, diz a professora Ana Marli Sartori, do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da USP e também médica no Centro de Imunizações do Hospital das Clínicas, sobre a importância da campanha.

Vacina

“A vacina da Influenza pode ser administrada com qualquer vacina do calendário que esteja precisando de atualização, e é recomendada tanto para as crianças quanto para os adultos e idosos”, diz Ana Marli. Ela ainda coloca que também é importante tomar a terceira e quarta dose ou a bivalente contra a covid-19, se disponível, pois elas estão com baixa cobertura vacinal.

A professora explica como é o imunizante que será aplicado: “A vacina é inativada e de vírus fracionado, ou seja, morto e quebrado. Não há risco dessa vacina causar Influenza. Nós temos disponível a vacina trivalente, que é constituída de duas cepas: A, H1N1 e a H3N2,  que são as mais responsáveis pelas epidemias, e uma cepa B”. Não há risco de pegar Influenza por meio da vacina, o que pode ocorrer é ter contato com a doença no período entre a vacinação e o desenvolvimento da imunidade: “A imunidade demora em torno de duas semanas para ser desenvolvida, se a gente entrar em contato com o vírus, ele causa a doença em dois, três dias, então, é possível que a gente adquira a doença antes de ter desenvolvido a imunidade contra o vírus. É importante tomar a vacina o quanto antes, antes que o inverno chegue de vez”, pontua Ana Marli. “A Influenza também causa a Síndrome Respiratória Aguda Grave e pode levar a óbito em situações excepcionais”, acrescenta a médica.

O vírus sincicial respiratório está afetando muitas crianças atualmente, não possui vacina e, por isso, é preciso ter atenção para aquelas que apresentam algum sintoma, já que são parecidos com os da Influenza. Quanto à vacinação, a professora acrescenta: “As crianças que estejam com febre alta, não estejam bem, e que ainda não tenham diagnóstico da doença, não devem ser vacinadas até ter o quadro clínico esclarecido. Entretanto, isso não se aplica à criança que já tem o diagnóstico e já está em tratamento”. Também é importante ter atenção e procurar o sistema de saúde para orientação com crianças que já tiveram reações fortes a outras vacinas.

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