Trabalho propôs a elaboração de duas cartilhas sobre direitos, saúde sexual e reprodutiva
Da Redação
A Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB/Unesp) esteve entre as premiadas no III PRADH – Prêmio de Reconhecimento Acadêmico em Direitos Humanos promovido pela diretoria executiva de direitos humanos da Unicamp em conjunto com o Instituto Vladimir Herzog. A cerimônia de premiação aconteceu no dia 22 de maio.
Voltado a instituições públicas de ensino do Estado de São Paulo, o prêmio reconhece pesquisas de graduação, mestrado e doutorado que contribuem para a proteção e a promoção da dignidade da vida e de todas as formas de existência. O objetivo é fortalecer o compromisso entre a sociedade e a universidade na defesa dos direitos humanos.
Membros de todas as instituições de ensino públicas paulistas puderam concorrer. O trabalho apresentado deveria estar alinhado com um ou mais princípios dos direitos humanos: respeito à dignidade da vida em todas as suas manifestações; combate à desigualdade, à pobreza e à fome; promoção de meios renovados de desenvolvimento tecnológico, econômico e produtivo que eliminem a exploração humana; proteção do planeta diante do risco de degradação; estímulo ao espírito e às práticas de solidariedade local e global; fortalecimento da cultura do respeito, do diálogo e da paz.
A Unesp dominou a categoria “Educação”, um dos cinco eixos da premiação, com três trabalhos vencedores na graduação e um na pós-graduação. Na área “Ciências Biológicas e da Saúde” foi premiada a pesquisa de graduação que propôs a elaboração de duas cartilhas sobre direitos, saúde sexual e reprodutiva para mulheres surdas, usando a Língua Brasileira de Sinais (Libras). A autora do trabalho, Juliana Maria Teobaldo Martins, foi orientada pelas professoras do Departamento de Enfermagem da FMB, Marli Teresinha Cassamassimo Duarte e Marla Andréia Garcia de Ávila.
“As cartilhas foram elaboradas pensando em atender o público de qualquer serviço de saúde, mas principalmente da atenção primária. Responde a uma necessidade das mulheres surdas e facilita a comunicação entre elas e os profissionais de saúde. É um material que também contribui para a educação em saúde desse público”, explica a professora Marli Teresinha Cassamassimo Duarte.
Na avaliação da docente, a premiação de um projeto desta natureza, demonstra a capacidade da universidade em desenvolver soluções capazes de promover saúde, cidadania e inclusão. “Trata-se de um reconhecimento bastante importante e nos sentimos muito honradas em sermos premiadas junto com pessoas de alta relevância e de grande impacto na área dos direitos humanos”, acrescenta.