Bebidas isotônicas são realmente necessárias em atividades físicas?

Esse tipo de produto não substitui uma alimentação equilibrada

Da Agência USP

O consumo de compostos isotônicos requer uso moderado, explica José Carlos Farah, professor de Educação Física e especialista em Fisiologia do Exercício da Universidade de  São Paulo (USP).

Farah alerta para o fato de que esse tipo de produto não substitui uma alimentação equilibrada e que seu consumo deve ser orientado por nutricionista ou médico. Não é o que acontece, porém, uma vez que se tornou comum  as pessoas ingerirem isotônicos, muitas vezes de forma equivocada. Ele observa que, nos casos de exercícios muito intensos, realizados em ambientes muito quentes, daí sim, os isotônicos podem ser recomendados para facilitar a reidratação, embora não se deva dispensar também a água nesses casos.

“O problema é que, se ingerimos compostos isotônicos sem a devida necessidade, estaremos aumentando a concentração de sais no organismo e isso pode levar à hipertensão arterial, problema nos rins e, em alguns casos, à diabete.” Já a ingestão de água não possui nenhum efeito colateral e, na grande maioria das situações em que é necessária a hidratação, ela é eficaz. Segundo Farah, há muitos trabalhos publicados em revistas e institutos renomados que questionam a necessidade de ingerir bebidas isotônicas como substitutas da água.

Há o consenso, diz o especialista, de que para aquelas atividades pouco intensas e de duração menor do que uma hora, o consumo de água é o indicado. “Acima disso, pode-se pensar em ingerir algum isotônico”, ou seja, a ingestão deve ser em casos específicos, como treinamento em busca de performance, “mas, para quem pratica atividade física pela saúde, beber água já é o suficiente”.

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