Espetáculo gratuito “Magavilha” mescla teatro e mágica em Botucatu neste sábado (4)

Espetáculo se passa em um ambiente minimalista, amparado por uma trilha sonora executada ao vivo

Da Redação

Quem for à 12ª Feira Regional da Cuesta em Botucatu, dia 4 de novembro, poderá assistir ao espetáculo “Magavilha”, que está entre a programação do evento que reúne arte, gastronomia e artesanato da região da Cuesta Paulista. 

Com mais de 100 apresentações realizadas de Norte a Sul do Brasil, e uma esticada até a Itália, Alemanha, Suíça e Eslovênia, a palhaça, dançarina e arte educadora Iris Fiorelli está na estrada com “Magavilha” desde 2011. A expectativa é que nessa turnê o projeto alcance cerca de 2 mil pessoas.

Em “Magavilha”, tudo se passa em um ambiente minimalista, amparado por uma trilha sonora executada ao vivo e especialmente desenvolvida para o espetáculo pelo músico Edézio Aragão, parceiro desde 2007.

Da cumbia a elementos rítmicos do nordeste brasileiro e a melodias circenses tradicionais, a trilha viaja por diversos estilos musicais, recriando-se constantemente e dando a toada desta trama simples, em que a plateia é convidada a participar de forma direta na construção do espetáculo.

Em cena, Carmela chega atrasada, e espera o início do show de um mágico que não aparece. Curiosa, ela mexe na mala do mesmo, encontra uma garrafa, bebe uma poção e, num instante, se transforma na protagonista do espetáculo em que apresenta números de mágica e dança recheados de comicidade. A “magiclown” (mágica mais clown) resgata truques clássicos a partir de um humor autoral.

Como a vida imita a arte e a arte imita a vida, o espetáculo “Magavilha” nasceu para ser encenado pelo companheiro de Íris na época, como mágico, e ela, como ajudante, “a mocinha que saía da plateia e que gostava dele”, segundo a artista. “Eu tinha aprendido os truques, tinha renovado figurinos com o prêmio da Funarte 2007. Com a tristeza da separação, precisava seguir trabalhando: adaptei o espetáculo, me tornei a protagonista e segui meus sonhos e viagem”, conta Iris. Assim, tanto na vida real como na cena, Íris se tornou a personagem principal. 

Dessa forma, o espetáculo leva ao público uma importante mensagem: é fundamental cada um ocupar e exercer o papel central na própria vida. Confiar e ter coragem é a verdadeira mágica para as pessoas seguirem os sonhos, mesmo com todos os nossos medos, atrapalhações e inseguranças, aspectos que a palhaçaria coloca lente de aumento para  trazer o riso e a reflexão à plateia, à sociedade. E o fato de termos uma palhaça mulher em cena também fortalece a relevante questão do poder feminino, para que as meninas estejam onde quiserem, com outras habilidades além da beleza, inclusive onde suas vulnerabilidades possam estar. 

Outra reflexão interessante que “Magavilha” pode provocar é que nunca estamos sozinhos. No primeiro momento, Carmela se apresenta, mostra seu lado ridículo fazendo jus ao papel social dos palhaços e conquista o público; no entanto, no segundo momento, o show começa a ganhar potência na medida em que a artista vai chamando o público para participar, para criar e se divertir junto, com um frescor que a improvisação traz.

Nas oito cidades, as apresentações serão seguidas de debate, aproximando o fazer artístico do cotidiano e das questões que o espetáculo desperta, além de promover a formação de plateia. As apresentações serão realizadas em escolas ou outras instituições públicas de cada município, visando alcançar um público carente de atividades culturais.

A circulação do espetáculo Magavilha é realizada pela Cia. Las Titis com o apoio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo (Vídeo de apresentação do projeto: Sobre o Magavilha para o Proac – YouTube). Para sugestões, contratações de espetáculos, oficinas e visitas a idosos, o instagram da Cia Las Titis é @cialastitis. 

SERVIÇO
Espetáculo “MAGAVILHA”
04/11, 15h30 – Praça Dona Isabel Arruda, Centro, Botucatu-SP

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