Hospital das Clínicas de Botucatu atinge 140 transplantes de medula óssea

Apenas em 2023 foram realizados 22 transplantes de medula óssea

Da Redação

O Serviço de Transplante de Medula Óssea (TMO) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) completou sete anos, tendo realizado, neste período, 140 procedimentos. Apenas em 2023 foram realizados 22 transplantes de medula óssea autólogo pela equipe médica e de enfermagem.

No TMO autólogo, o paciente doa medula para ele mesmo. Assim, não há necessidade de procura de doador compatível. O procedimento está indicado como tratamento de diferentes tipos de tumores associados ao sangue.

No mieloma múltiplo, por exemplo, este tipo de transplante faz parte do tratamento de primeira linha, como consolidação após a quimioterapia; nos linfomas, é principalmente utilizado em casos de recaída da doença, solidificando o tratamento de segunda linha.

Para o Coordenador do Serviço de TMO do HCFMB, Dr. Rafael Gaiolla, os números apontam a evolução do trabalho desenvolvido pelos profissionais da área. “A busca pelo aperfeiçoamento é contínua. Sempre buscamos o diálogo, o entendimento e a sistematização das condutas para que o paciente colha os frutos de nossa sincronia”, afirma.

Equipe de enfermagem responsável pelo setor

O procedimento

O Supervisor Técnico de Enfermagem da Enfermaria de Transplantes do HCFMB, Diego Fernando do Prado Felipe, diz que os pacientes que transplantam medula ficam, em média, entre 20 e 25 dias internados (quando não há complicações após o procedimento).

“O paciente chega com bastante dúvida e expectativa em relação ao tratamento. Nossa função principal, neste primeiro contato, é esclarecer para a pessoa como funciona o nosso Serviço, desde situações mais básicas (acomodação) até as mais complexas (processos e rotinas que o indivíduo será submetido na internação)”, diz.

De acordo com Diego, para o procedimento de transplante de medula óssea autólogo há três etapas que precisam ser cumpridas. A primeira envolve “mobilização e coleta de células-tronco, condicionamento (preparação do organismo da pessoa para receber o transplante) e a infusão”, lembra.

Por isso, é possível classificar dois perfis de internação dos pacientes de transplantes de medula óssea autólogo no HCFMB: indivíduos que internam para a primeira fase (mobilização e coleta de células-tronco) e posteriormente retornam para as outras duas etapas e as pessoas que realizam os três procedimentos em uma única internação.

“No dia-a-dia executamos todo planejamento de cuidado e tratamento do paciente, que envolve administração de medicamentos, controle de sinais vitais, comunicação com a equipe médica, etc”, explica Diego.

A Enfermaria de Transplantes conta atualmente com quatro médicos, sete médicos residentes e 21 profissionais da área de enfermagem. Além disso, possui 17 leitos com taxa de ocupação de 15 leitos, em média.

“Não atendemos apenas pacientes transplantados. Quando não tenho pacientes suficientes para atender a demanda da enfermaria, outras especialidades direcionam pessoas pra cá”, finaliza Diego.

Sobre o TMO

A medula óssea é o órgão responsável pela produção das células do sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas) e do sistema imunológico (células de defesa) do nosso organismo. Quando algum tipo de doença maligna afeta essas células do sangue, o Transplante de Medula Óssea é uma das maneiras de reconstituir a medula doente.

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