Retirada das árvores seguiu critérios técnicos com avaliações periódicas
Da Redação. Foto: Alessio Di Pascucci
Cinco árvores que integram a praça da Pinacoteca de Botucatu foram cortadas nesta terça-feira, 26 de março, por equipes da zeladoria da Prefeitura.
As plantas estavam alocadas na lateral do prédio que abriga a Pinacoteca. Muitas delas faziam parte da concepção paisagística do antigo fórum e seriam retiradas inicialmente na revitalização, há mais de uma década. No entanto, mobilização popular impediu a ação.
Segundo nota oficial emitida pela Secretaria de Cultura, a retirada das árvores seguiu critérios técnicos com avaliações sendo realizadas periodicamente nos últimos dois anos por especialistas arboristas. Objetivo, conforme o órgão municipal é de oferecer “segurança e integridade de todos os transeuntes”.
Conforme o documento, as árvores retiradas do espaço estavam condenadas e algumas possuíam o fungo ganoderma, que compromete a base das plantas. Três delas ainda eram da espécie espatódea, cujas flores são conhecidas por serem tóxicas para abelhas e beija-flores.
No entanto, a Secretaria não informa se haverá compensação ambiental pela retirada das árvores na Praça da Pinacoteca.
Confira a nota oficial emitida pela Secretaria de Cultura
Caros moradores e frequentadores da Praça da Pinacoteca,
Gostaríamos de esclarecer alguns pontos cruciais que têm gerado preocupações e questionamentos em relação ao recente corte de árvores em nossa praça.
Sabemos da inquestionável importância das árvores para o meio ambiente e para a estética do local, e queremos assegurar a todos que essa decisão não foi tomada de forma precipitada, leviana ou irresponsável, mas sim após uma criteriosa avaliação técnica e considerando, principalmente a segurança e integridade de todos os transeuntes.
Primeiramente, gostaríamos de ressaltar que o corte das árvores foi realizado após uma vistoria minuciosa realizada por especialistas em arborização urbana. Essas árvores estavam condenadas e representavam um risco iminente para a segurança de quem frequenta a praça.
É crucial ressaltar que essas árvores foram objeto de estudo e monitoramento por um período de no mínimo dois anos. Durante esse período foram identificados uma série de problemas estruturais e de saúde, indicado laudo técnico.
Diante disso, foi recomendada a supressão de algumas árvores. Entre uma série de problemas, o engenheiro responsável apontou a presença do fungo Ganoderma, que compromete a base das árvores e as torna ainda mais vulneráveis a quedas e outros acidentes.
Além disso, é importante mencionar que três das cinco árvores cortadas pertenciam à espécie espatódea, cujas flores são conhecidas por serem tóxicas para abelhas e beija-flores. Em muitas cidades, a plantação dessas árvores é proibida devido ao impacto negativo na fauna local.
Contamos com a compreensão e colaboração de todos para construirmos juntos um ambiente mais seguro, saudável e sustentável para as futuras gerações.
Atenciosamente,
Secretaria de Cultura.