Maior incidência de casos foi em pacientes do sexo feminino (52,64%)
Da Redação
Botucatu encerrou 2024 com 16.356 casos prováveis de dengue, conforme dados divulgados no final de dezembro pelo Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde. O número é 3.730% superior ao registrado em 2023, quando foram 426 casos. O município contabilizou doze mortes pela doença. O coeficiente de letalidade da doença foi de 2,33 em 514 casos graves desta arbovirose.
A maior incidência de casos foi em pacientes do sexo feminino (52,64%). Por etnia/cor a predominância da dengue ocorreu em brancos (86,9%), seguida por pardos (9,6%) e negros (3,2%). A faixa etária de 40 a 49 anos é a que teve mais casos registrados, com 2525 botucatuenses infectados; seguida por pessoas de 20 a 29 anos, com 2443 casos, além de 30 a 39 anos, com 2409 adoecidos.
Crianças também foram afetadas pela dengue, com 75 casos registrados em menores de um ano. Na faixa etária de um a quatro anos ocorreram 348 casos e de cinco a nove anos, 813 infectados. O painel aponta que 451 botucatuenses acima dos 80 anos sofreram com a doença.
O pico de casos ocorreu no primeiro semestre, período de chuva e calor devido ao verão. A predominância foi em abril (4903), seguido por março (4457), maio (3852), fevereiro (1575), janeiro (803) e junho (543).
Sobre a dengue
A dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses, que se caracterizam por serem causadas por vírus transmitidos por vetores artrópodes. No Brasil, o vetor da dengue é a fêmea do mosquito Aedes aegypti.
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.
- Febre alta (acima de 38,5°C) que dura de 2 a 7 dias
- Dor de cabeça
- Dores musculares e nas articulações
- Mal-estar
- Falta de apetite
- Dor atrás dos olhos
- Erupção e coceira na pele
- Perda de peso
- Náuseas e vômitos
- Dor abdominal intensa e contínua
- Vômitos persistentes
- Acumulo de liquido
- Sangramento de mucosa (nariz, gengiva)
- Dificuldade respiratória
- Queda da pressão arterial
Prevenção da doença
Para evitar a dengue, a eliminação dos focos do mosquito segue como medida mais eficaz. As larvas do transmissor se desenvolvem em água parada. Dessa forma, é preciso empenho da sociedade para eliminar os criadouros com medidas simples e que podem ser implementadas na rotina, como tampar caixas d’água e outros reservatórios, higienizar potes de água de animais de estimação, tampar ralos e pias, entre outras.
O Ministério da Saúde sugere que a população faça uma inspeção em casa, pelo menos, uma vez por semana, para encontrar possíveis focos de larvas. Além disso, é necessário receber bem os agentes de saúde e agentes de combate às endemias. Por fim, recomenda-se como medida adicional de controle o uso de repelentes e a instalação de telas em portas e janelas, especialmente nas regiões com maior registro de casos.
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