Sessão tensa na Câmara para votação de reajuste salarial; presidente da Casa diz para manifestante “calar a boca”

Projeto de lei estipula índice de 8% nos vencimentos e benefícios recebidos

Da Redação

Clima tenso deu o tom da sessão extraordinária da Câmara de Botucatu na segunda-feira, 26 de maio. Em pauta estava a votação do reajuste no salário dos servidores públicos municipais, das autarquias mantidas pela prefeitura e dos funcionários do Legislativo.

O projeto de lei de autoria do Prefeito Fábio Leite (PSD) estipula índice de 8% nos salários. Já vale-compras passam a ser de R$ 864 a R$ 1.019 conforme o salário do servidor e de R$ 1.019 para servidores da Câmara. Categoria solicitou aumento de 12%, rejeitado pelo Executivo.

A primeira votação da proposta ocorreria em sessão extraordinária marcada para as 9 horas. Com baixo público presente, o reajuste teve pedido de vistas do vereador Mário Ielo (PDT). A reunião durou pouco mais de quatro minutos. Com isso, o presidente da Casa, Cula (MDB) estabeleceu que o projeto de lei seria apreciado em nova sessão extraordinária porém, ainda na segunda-feira.

Com o plenário lotado por servidores municipais e representantes sindicais, a votação do projeto sofreu críticas. Alguns vereadores que tentaram usar o plenário para explicações sofreram vaias, como no caso de Wellington Japa. Em determinado momento o parlamentar reforçou a posição dele também como sindicalista.

O ponto mais tenso foi quando o presidente da Câmara foi tentar explicar sobre o trâmite acelerado do projeto de reajuste salarial. Cula, a todo momento, sofria vaias do público presente chegando a mandar uma das manifestantes a “calar a boca”.

Mesmo com o clima tenso a proposta que reajusta o salário dos servidores foi aprovado por nove votos a favor e um contrário, do vereador Abelardo (Republicanos).