Conselho decide pelo tombamento de palacete da Floriano Peixoto

Tombamento define regras para intervenções no interior do imóvel

Por Flávio Fogueral

Prestes a completar um século de construção, o palacete instalada na Avenida Floriano Peixoto, no Centro de Botucatu, ganhou mais um reforço para sua preservação.

Decisão dos Conselho Histórico de Patrimônio Histórico de Botucatu, publicada em 18 de dezembro no Diário Oficial do município, concede o tombamento provisório do imóvel, que serviu de residência às famílias Blasi e Monteferrante.

O conselho classificou o tombamento como sendo de “Grau de Proteção II – preservação da fachada e volumetria”, conforme artigo 12 da Lei Municipal nº 4.319 de 2002.

Com a decisão, o imóvel terá obrigatoriamente a fachada, muros, gradis, bem como elementos arquitetônicos preservados sem a possibilidade de derrubada ou modificação sem autorização.

No entanto, o atual proprietário do imóvel poderá efetuar intervenções na parte interna desde que não comprometa a estrutura do edifício e sua integridade.

As demais edificações existentes, próximas à construção principal, assim como o terreno associado, podem sofrer intervenções, devendo obrigatoriamente ser submetido ao processo de aprovação junto ao conselho de patrimônio.

Qualquer intervenção que descumpra as determinações podem acarretar multa ao proprietário. Agora, qualquer pessoa interessada pode opor-de da decisão do Conselho em até trinta dias decorrentes da publicação da decisão no Diário Oficial.

Mobilização impediu a demolição do palacete

O palacete estava na iminência de ser derrubado em 2022, ocorrendo a retirada de portas, janelas e outras partes menores do imóvel. Articulação de arquitetos e da sociedade civil fez com o então prefeito Mário Pardini determinasse o embargo dos serviços.

Construído em 1927, o palacete serviu de residência para a família Blasi, então uma das principais expoentes da indústria botucatuense.

Após a morte de Serafim Blasi em 1932 e de Miquelina Blasi, em 1936, a casa para a filha Adelina Blasi, que viveu no espaço em 1992. No local morou Eugenio Monteferrante, um dos principais arquitetos paulistas até sua morte, em 2013. Desde então o prédio esteve fechado.

O que diferencia a casa dos demais prédios históricos e o estilo arquitetônico de palacete: o da Floriano Peixoto e outro na frente da Ordem dos Advogados do Brasil, na General Telles.

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