Fato ocorreu no sábado, dia 9, quando um casal teria se irritado com uma briga de cães
por Flávio Fogueral. Fotos: cortesia Guarda Municipal
A morte de um cachorro da raça labrador após ser agredido com um pedaço de madeira na cabeça e queimado, causou revolta e indignação nas redes sociais e em moradores do Bairro Boa Vista. O fato ocorreu no sábado, 9 de maio, na Rua Dr. Miguel Alvarenga, nº 145.
Segundo denúncia de moradores, um casal teria se irritado com o barulho dos cães da raça labrador que brigavam na rua. Valdir Alves de Góis, 37, teria então separado os dois animais dando golpes de madeira em um deles. Um deles teria se assustado e corrido para dentro da residência, se encondendo embaixo da cama. O acusado tentou retirar o cão, sendo mordido novamente.
Foi dado outro golpe de madeira no animal, que perdeu os sentidos imediatamente. Góis então levou o cão para junto de um sofá no quintal da residência tendo o corpo queimado pelo acusado. Não foi determinado se a morte ocorreu pelo golpe de madeira ou pelo fogo.
Vizinhos do casal denunciaram o fato à Guarda Civil Municipal que esteve no local e encaminhou Góis ao plantão da Polícia Civil, onde foi autuado por maus tratos a animais e liberado em seguida. O acusado alegou estar embriagado no momento das agressões.
A Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, regulamenta os chamados Crimes Ambientais e “prevê pena de detenção de três meses a um ano- além de multa- a quem praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”.
O fato gerou comentários de repúdio nas redes sociais. Em uma postagem no grupo ARCA – Amigos Reunidos pela Causa Animal – Botucatu no Facebook tem mais de mil comentários condenando o fato.
Câmara debateu resgate de animais vítimas de maus tratos
Em novembro, uma reunião na Câmara Municipal de Botucatu promoveu reunião pública para debater a ue é a responsabilidade dos resgates de animais silvestres e principalmente, vítimas de maus-tratos. Autoria do encontro foi do vereador Lelo Pagani (PT).
Na época foram convidados representantes dos seguintes órgãos e entidades: o Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Silvestres [CEMPAS], a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia [FMVZ], o Hospital Veterinário da FMVZ, a Vigilância Sanitária de Botucatu, a Secretaria Municipal de Saúde, a Guarda Civil Municipal, Corpo de Bombeiros, Associação Protetora dos Animais [APA], o grupo Amigos Reunidos pela Causa Animal [ARCA], o Canil Municipal e Secretaria Municipal de Obras e Serviços Municipais.
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