Catedral de Botucatu passará por revitalização

Obras começarão ainda em março e contemplarão manutenção no telhado, calhas, adornos, paredes, entre outros

Da Redação

A Catedral Metropolitana de Sant’Anna, em Botucatu, passará por obras de revitalização e reformas em sua parte externa. A informação foi confirmada na última semana pela administração do local, sendo que a iniciativa já recebeu aval do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) local.

Obras começarão ainda em março e contemplarão manutenção no telhado, calhas, adornos, paredes, entre outros. Para que o processo ocorra dentro da máxima segurança, o entorno da igreja será interditado. Não foram informados os custos para a revitalização.

Com 79 anos de sua inauguração, o templo passou, em algumas oportunidades por trabalhos pontuais de restauro e manutenção. O mais recente ocorreu em 2017, quando a abadia do prédio passou por recuperação, que também consistiu em pintura no Cristo Redentor acima.

Considerada a principal edificação do chamado Centro Histórico, a Catedral Metropolitana possui características únicas como sua arquitetura em estilo gótico, com a assinatura do engenheiro Cav. J. Sachetti, tendo como inspiração da Catedral da Sé, em São Paulo. Também é uma das igrejas que tem vasto repertório de arte sacra.

A história da atual Catedral está ligada diretamente com a elevação de Botucatu como Arquidiocese. Em 8 de dezembro de 1927, dom Carlos Duarte Costa lançou a pedra fundamental para a construção da nova edificação. Houve a presença do então presidente do Estado (equivalente ao cargo de governador), Júlio Prestes. Foram anos de intensos trabalhos e mobilização da comunidade para a concepção da igreja magna de Botucatu. Ainda durante a edificação, alguns fatos foram significativos: em 1937 a cripta (onde os bispos e arcebispos estão sepultados), estava conclusa sendo que em setembro daquele ano, os restos mortais de Dom Lúcio Antunes de Souza foram transferidos para o local. Sua inauguração ocorre oficialmente em 8 de dezembro de 1943.

Na década de 1960 a igreja recebeu uma grande revitalização e reforma, com mudanças significativas. Por determinação do então arcebispo, Dom Henrique Golland Trindade foram derrubados todos os altares de mármore, bem como de quase todas as imagens, inclusive a grande imagem de Sant’Ana do altar central. Essa imagem foi colocada na Praça ao lado da Catedral em um pedestal. A obra sofreu com ações de vândalos, voltando a compor o cenário em 2013 após a revitalização daquele espaço público.

A Catedral recebeu incrementos artísticos que ao longo dos anos enriqueceram o patrimônio religioso e cultural, como os vitrais que reproduzem os quadros de madonas, amplamente adaptados ao ambiente brasileiro. Tais vitrais são uma atração única para contemplação e reflexão de fé. Outra atração que está disponível ao visitante é a capela do Santíssimo que, no interior da basílica, oferece um espaço de paz e reflexão.

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